Os sindicalistas propõem que os recursos públicos utilizados para dar liquidez aos bancos ou para financiar o setor produtivo só sejam liberados para empresas que garantirem a manutenção dos empregos – incluindo o uso de recursos do FGTS e FAT. No documento as centrais pedem que o governo assegure a manutenção dos investimentos públicos da política de valorização do salário mínimo da política de correção das faixas da tabela do Imposto de Renda e da Agenda do Trabalho Decente.
As centrais solicitam ainda a liberação de crédito para todos os setores (sem programas para salvar uma área específica) redução da taxa de juros redução do superávit fiscal redução da jornada de trabalho desoneração tributária dos produtos da cesta básica e elevação do período de concessão do seguro-desemprego de três a cinco meses para dez meses. Também foram incluídos os pedidos de ampliação do quadro de representantes do Conselho Monetário Nacional (CMN) e atuação do governo na sua base no Congresso Nacional para a retirada de todos os projetos de lei em tramitação que tragam medidas de flexibilização das relações de trabalho.
Na semana passada a indústria calçadista Crocs anunciou o fechamento da fábrica que mantém em Sorocaba (SP) e a demissão de 55 dos 80 funcionários que trabalham no local. No setor metalúrgico como já informou o Valor três empresas de autopeças sediadas em Limeira (SP) demitiram 750 trabalhadores segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do município.
Fonte: Valor Econômico