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Os bancos públicos cumprem um papel importante na recuperação econômica disse Badin em entrevista em Brasília. Mas é preciso tomar cuidado para que a pretexto de aumentar a competição não se atinja o contrário no longo prazo com uma precificação irracional dos juros onde há possibilidade de efetiva competição.
As autoridades inclusive o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamaram os bancos a aumentarem a concessão de empréstimos e a reduzirem o custo do financiamento depois da crise do crédito do ano passado.
O Banco do Brasil o maior banco de controle federal do país a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziram o custo dos empréstimos nos últimos 12 meses.
A decisão dos bancos públicos de reduzir juros foi eminentemente política e não resolve problemas estruturais como a inadimplência e a curva de juros futuros no Brasil disse André Perfeito economista da corretora Gradual CCTVM Ltda. em entrevista telefônica a partir de São Paulo. Pode até conseguir efeito no curto prazo mas no longo prazo poderá ser menos eficiente e mais custosa.
Aldemir Bendine que assumiu como presidente do Banco do Brasil em abril anunciou a 25 de maio ter expandido o crédito à pessoa física em R$ 13 bilhões reduzido as taxas sobre o crédito ao consumidor e para a compra da casa própria e alongado o vencimento dos empréstimos para a compra de automóveis na tentativa de revitalizar os gastos do consumidor. O aumento dos empréstimos pessoais beneficiou 10 milhões de clientes cerca de um terço do total dos clientes cadastrados no banco.
O Brasil também reduziu sua Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) administrada pelo BNDES para o recorde de baixa de 6% ao ano no mês passado. A parcela de crédito em aberto dos bancos públicos subiu para 378% em junho em relação aos 342% de setembro do ano passado de acordo com números do Banco Central.
Fonte: Valor Econômico / CONTEC
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