‘Ganhos com intermediação financeira superaram a redução do lucro da BNDES
O lucro líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi de R$ 1585 bilhão no primeiro trimestre do ano alta de 256% frente igual período de 2012.
Segundo informe contábil publicado no site da instituição de fomento a elevação do lucro deveu-se ao "crescimento de R$ 497 milhões do produto da intermediação financeira e da receita com reversão da provisão para risco de crédito de R$ 155 milhões registrada" nos três primeiros meses deste ano.
No primeiro trimestre de 2012 a provisão para risco de crédito gerou despesa de R$ 31 milhões. Os ganhos com intermediação financeira superaram a redução do lucro da BNDESPar empresa de participações do BNDES que registrou lucro de R$ 411 milhões no primeiro trimestre queda de 236% ante o primeiro trimestre de 2012.
O Patrimônio de Referência (PR) usado para medir o índice de Basileia recuou para R$ 84274 bilhões no encerramento do primeiro trimestre ante os R$ 89598 bilhões registrados no fim de 2012. Na mesma base de comparação o ativo total do BNDES caiu de R$ 715486 bilhões para R$ 698412 bilhões e o Patrimônio Líquido (PL) recuou de R$ 52169 bilhões para R$ 46799 bilhões.
Ainda segundo o documento disponível no site do BNDES o índice de inadimplência do banco de fomento ficou em 004% da carteira total e o índice de Basileia em 145%.
O informe contábil destaca que o indicador de alavancagem está acima dos 11% exigidos pelo Banco Central (BC). Mas houve recuo frente ao encerramento do quarto trimestre de 2012 quando o índice de Basileia ficou em 154%.
No início do mês o governo editou a Medida Provisória (MP) 618 que autorizou uma capitalização de até R$ 15 bilhões por meio de instrumento híbrido de capital e dívida. O objetivo foi permitir ao banco de fomento seguir emprestando sem afetar seus indicadores de solidez financeira como o índice de Basileia.
O Broadcast serviço de informações em tempo real da Agência Estado antecipou em fevereiro que a decisão de capitalizar o BNDES já estava se tornando consenso no governo.
Fonte: Estadão’