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Funcionários da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) de 18 Estados e do Distrito Federal entraram em greve nesta terça-feira por tempo indeterminado. Os servidores reivindicam um adicional de periculosidade equivalente a 30% do salário por mês aumento no percentual da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mais contratações e a implementação de um plano de carreira.
A substituição do atual fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios o Postalis pelo novo fundo o Postalprev também é exigida pelos funcionários.
Segundo José Gonçalves um dos representantes da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) no comando de greve entre 80% e 90% dos carteiros –grupo em que está a maior parte dos grevistas– estão de braços cruzados.
Gonçalves informou que já aderiram à paralisação Alagoas Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Goiás Maranhão Mato Grosso Mato Grosso do Sul Rondônia Pará Amapá Paraíba Acre Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Santa Catarina e São Paulo (incluindo o interior do Estado Campinas e Vale que têm sindicatos separados).
De acordo com o secretário-geral da federação Manoel Cantoara a expectativa é de que o movimento cresça nesta terça após a realização de novas assembléias. Para ele o nível de insatisfação com relação ao não-cumprimento de acordo feito com o Ministério das Comunicações sobre um adicional de periculosidade deixou muita gente indignada.
A Fentect e o Ministério das Comunicações acordaram em novembro do ano passado o pagamento de 30% do salário como adicional de periculosidade. Na ocasião foram pagos três meses como adiantamento mas o valor segundo a federação deixou de ser depositado em março.
Queremos reunião com o ministro [Hélio Costa]. com o presidente Lula. Eles prometeram e deixaram de cumprir afirmou Gonçalves. Ele participa de passeata da categoria em Brasília na manhã desta terça.
POr meio de nota divulgado ontem os Correios informaram que iriam aguardar o dia de amanhã [hoje] para ver o índice de adesão e os procedimentos a serem adotados.
Durante o período de greve as agências dos Correios funcionam normalmente mas não há garantia de entrega das correspondências. Assim os serviços que garantem a entrega em prazo pré-estipulado –Sedex 10 e Sedex Hoje por exemplo– não funcionam. Em São Paulo os Correios têm 22 mil funcionários.
2007
No ano passado os Correios ficaram em greve por nove dias. Os empregados da estatal decidiram voltar ao trabalho após receber reajuste de 374% (ante reivindicação inicial de 4777%) abono de R$ 500 aumento linear de R$ 60 em janeiro vale-alimentação extra de R$ 391 em dezembro inclusão dos pais de novos funcionários no plano de saúde e auxílio-creche para até 7 anos de idade além da não-reposição dos dias de paralisação.
Tocantins
No Estado 95% dos empregados estão paralisados seguindo comando nacional e segundo o sindicato da classe representativa 95% dos empregados da Capital cruzaram os braços.
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