‘As taxas de juros das operações de crédito registraram nova alta em junho aponta levantamento divulgado hoje (15) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Trata-se da décima terceira elevação seguida. A taxa média geral para pessoa física avançou 005 ponto percentual em relação a maio (598%) e ficou em 603% no último mês. Para pessoa jurídica houve alta de 003 ponto percentual passando de 341% para 344% em junho. Essa é a maior taxa média de juros para empresas desde julho de 2012.
Das seis linhas de crédito para pessoa física apenas o financiamento para automóveis teve redução. A taxa passou de 18% para 178%. O juro do cartão de crédito foi o que apresentou maior alta passando de 1052% para 107% alta de 018 ponto percentual. O cheque especial (de 822% para 828%) e o empréstimo pessoal por meio de financeiras (de 729% para 735%) tiveram suas taxas elevadas em 006 ponto percentual. Em seguida estão os juros do empréstimo pessoal com bancos (de 341% para 345%) e do comércio (de 462% para 464%).
Para as pessoas jurídicas das três linhas pesquisadas uma teve redução. A taxa média de juros de capital de giro caiu 002 ponto percentual passando de 184% para 182%. Esse é o menor resultado desde abril de 2013. As operações de crédito com desconto de duplicatas (252%) e conta garantida (598%) por sua vez apresentaram queda nas taxas de 004 e 006 ponto percentual respectivamente.
Na comparação com a taxa básica de juros a Selic desde março do ano passado houve elevação de 375 pontos percentuais. Nesse período os juros médios para pessoa física subiram 1393 pontos percentuais de 8797% ao ano em março de 2013 para 1019% ao ano no mês passado. As empresas tiveram melhor condição com elevação de 648 pontos percentuais de 4358% ao ano para 5006%.
A Anefac avalia que os resultados refletem as elevações do “aumento da inadimplência bem como o cenário econômico nacional com expectativa de piora nos índices de inflação e de crescimento econômico”. A entidade avalia que a tendência é que a curto prazo a Selic se mantenha inalterada o que deve fazer com que as taxas de juros das operações de crédito mantenham-se estáveis.
Fonte: Agência Brasil’