O índice é menor do que os 9% que serão aplicados ao salário mínimo. Os aposentados e parte das centrais queriam um aumento igual a esse.

As centrais também exigem o fim do fator previdenciário inclusive o fim do fator 85/95 que já havia sido aprovado pela CUT e pela Força Sindical em um acordo feito em agosto.

“O aumento [772%] é o máximo que podemos ceder. Se o governo não aceitar sairemos da negociação“ diz o presidente da Cobap Warley Gonçalles.

“Não é a proposta ideal mas é um índice factível de ser aprovado. Como todas as centrais estão apoiando essa proposta acredito que o governo vai aceitar“ disse Wagner Gomes presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Lula já disse que se as centrais concordarem com índice que caiba nas contas poderá dar um reajuste maior. O governo havia proposto aumento real de 50% do crescimento do PIB o que daria 619%.
“Foi um recuo em relação à proposta inicial de reajuste mas estamos avançando muito em outros pontos. A extinção do fator previdenciário é fundamental“ disse Ricardo Patah presidente da UGT.

As centrais também definiram que o cálculo do benefício deve ser feito pela média longa que leva em conta as 80% maiores contribuições pagas pelo segurado desde julho de 1994. “Não é justo aplicar a média curta que usa as últimas 36 contribuições como prevê o projeto que está no Congresso“ disse Artur Henrique presidente da CUT.

As centrais e a Cobap devem se reunir nos próximos dias com o ministro Luiz Dulci da Secretaria-Geral da Presidência para apresentar a proposta. O governo não comentou.

Para garantir a extinção do fator previdenciário sem um novo índice redutor no lugar o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) aceita alterar o projeto do fim do índice que havia sido aprovado no Senado e está pronto para ser votado na Câmara. “Alterar a regra da média curta para a longa como querem as centrais e os aposentados não é nenhum problema. O que não pode é o governo querer forçar uma regra que continue reduzindo o valor das aposentadorias.“

Extrato

O ministro da Previdência Social José Pimentel disse ontem que a partir de janeiro mais bancos poderão emitir o extrato com informações sobre os vínculos empregatícios e o tempo de contribuição dos segurados do INSS.

Atualmente só o Banco do Brasil tem permissão para emitir esse tipo de extrato.
“Queremos a partir de janeiro estender esse convênio para toda a rede bancária do país.“
A Caixa está se preparando para emitir o extrato para os correntistas e também para os segurados que têm o cartão cidadão -que é utilizado para a consulta do saldo do FGTS. Também é possível consultar o extrato no site do INSS.

Fonte: Folha de S.Paulo’

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