‘
A Alemanha é um mercado fundamental para o Santander disse Emilio Botín presidente do Santander. Esta aquisição é um passo significativo no sentido de atingir nosso objetivo de sermos um banco varejista com um leque completo de serviços no maior mercado da Europa.
O Santander Consumer Bank já é um provedor líder de financiamento para compra de automóveis e concessão de empréstimos ao consumidor na Alemanha com 6 milhões de clientes.
Com a compra das 173 sucursais alemãs do SEB prevista para ser concluída no próximo ano após a aprovação das agências competentes a rede de agências alemãs do Santander quase dobrará de tamanho.
As agências do SEB atendem a 1 milhão de clientes inclusive 10 mil pequenas e médias empresas principalmente aceitando depósitos e concedendo empréstimos hipotecários.
O Santander disse que a aquisição deverá custará cerca de 10 pontos base da taxa de capitalização do grupo que era de 88% dos ativos no fim do primeiro trimestre deste ano.
O aumento da presença do Santander na Alemanha o coloca em concorrência mais direta com operadores históricos como o Deutsche Bank e o Commerzbank na acirrada briga por depositantes no mercado bancário varejista alemão.
O Deutsche tentou ganhar escala mediante uma compra de participação no Postbank em 2008 que o banco espanhol deverá assumir integralmente no ano que vem. O Commerzbank comprou o Dresdner Bank no ano de 2008 em uma tentativa de tornar-se o maior banco varejista alemão.
A venda das operações alemãs do SEB sinaliza um insucesso dos esforços da instituição que visava tornar-se uma força bancária varejista na Alemanha 11 anos após sua entrada nesse mercado.
O banco sueco vinha considerando a venda desde 2008 mas os esforços para encontrar um comprador foram abandonados durante a crise financeira.
Annika Falkengren executiva-chefe do SEB há muito tempo deixou clara sua insatisfação com a operação varejista na Alemanha comprometida por baixa rentabilidade e escala considerada insuficiente.
O SEB entrou no mercado bancário varejista alemão em 1999 mediante a aquisição do BfG Bank do Crédit Lyonnais por € 16 bilhão. Mas a Alemanha ficou em plano secundário na medida em que o banco sueco passou a focar sua expansão nos Estados bálticos da Letônia Lituânia e Estónia durante a década seguinte.
O SEB planeja reestruturar seus ativos remanescentes na Alemanha para voltar a concentrar-se em serviços bancários empresariais e em gestão de fortunas após a conclusão da venda. O banco com sede em Estocolmo disse que este ano deve contabilizar um prejuízo líquido de 240 milhões relacionados com a venda.
Ainda na Europa acredita-se que o Santander também venceu um leilão na disputa por uma rede varejista de agências no Reino Unido que está sendo vendida pelo Royal Bank of Scotland.
Além da Europa Botín focou sua atenção nos EUA e na América Latina nos ú;ltimos meses. No mês passado o Santander pagou US$ 25 bilhões na compra de uma participação minoritária no Bank of America em suas operações no México e assim retomou o controle total da operação.
Por outro lado Francisco Luzón diretor da divisão Américas do Santander falou ao Financial Times sobre o desejo do banco de ampliar sua presença em países da América Latina onde tem apenas uma pequena parte do mercado especialmente no Peru e na Colômbia.
Fonte: Valor Econômico
‘