Por outro lado o levantamento mostra que a Caixa Econômica Federal foi uma das três instituições que não tiveram alterações nas linhas em julho em relação ao mês anterior junto com HSBC e Safra. Além disso a pesquisa aponta que a atual taxa média de empréstimo pessoal é a menor desde dezembro de 2007.

O estudo foi realizado no dia 06 de julho com dez instituições: Banco do Brasil Bradesco Caixa Econômica Federal HSBC Itaú Nossa Caixa Real Safra Santander e Unibanco. O maior corte em empréstimo pessoal foi verificado no Itaú de 091 ponto percentual passando de 681% para 59% a.m.. O Unibanco vem logo em seguida com 081ponto percentual de 671% para 59% a.m.

As menores baixas foram verificadas em Banco do Brasil e Nossa Caixa de 006 ponto ambos de 006 ponto 456% para 45% a.m.. Santander e Real cortaram 015 ponto de 615% para 6% a.m enquanto o Bradesco alterou de 576% para 568% a.m. corte de 008 ponto percentual.

A pesquisa não considera as fusões de Itaú e Unibanco nem a as aquisições do Real pelo Santander e do Nossa Caixa pelo BB os tratando como instituições financeiras separadas. No cheque especial Banco do Brasil Bradesco Real e Santander tiveram um corte de 008 ponto. Assim a taxa do BB passa de 777% para 769% a.m. A do Bradesco de 836% em junho cai para 828% a.m enquanto as dos bancos do grupo Santander Brasil passam de 95% para 942% ao mês.

Já o Itaú alterou de 867% para 863% a.m. um decréscimo de 004 ponto percentual e a Nossa Caixa reduziu de 777% para 775% a.m. uma baixa de decréscimo de 002 ponto percentual. A Fundação Procon ainda salienta que a metodologia levou em conta diferença nos prazos de contratos e que as taxas se referem. “Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato foi estipulado o período de 12 meses já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar também que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias“.

A pesquisa de taxas de juros verificou ainda a sétima queda consecutiva das taxas médias nas duas modalidades estudadas. No empréstimo pessoal de 53% ao mês inferior à anterior de 552% a.m. redução de 022 ponto percentual a menor desde dezembro de 2007 quando ficou em 527%. Desde dezembro de 2008 quando chegou a 625% a linha registra quedas consecutivas.

Já no cheque especial o juro médio foi de 883% a.m. ante 887% a.m. no mês anterior um decréscimo de 004 ponto percentual mesmo patamar de julho do ano passado.
Porém para o consultor da Fipecafi Luiz Jurandir Simões o cheque especial ainda é proibitivo. “Já houve uma redução porém esse nível ainda é muito alto. Não se deve utilizá-lo para se financiar“ alerta. “A tendência é de redução porém é muito difícil que chegue a um ponto que valha a pena usá-lo“ completa.

Ainda segundo Simões o aumento da inadimplência apontado nos últimos meses pelo Banco Central não deve desacelerar a queda dos juros. “é normal esse aumento por conta do aumento do desemprego. Mas com uma redução nas taxas os bancos conseguem aumentar a demanda e compensam as perdas com um volume maior de operações“.

Já o professor de Finanças da Brazilian Business School (BBS) Ricardo Torres acredita que exista espaço para quedas maiores porém dificilmente será a medida adotada pelos bancos. “A percepção de risco nas instituições não caiu mas aumentou“. Isso porque acredita ele a crise ainda não mostrou todos seus efeitos. “Ela chega na economia real de forma mais lenta que no mercado financeiro. O aperto na liquidez com aumento dos juros e redução nos prazos de financiamentos do fim do ano passado devem estar sendo sentido pelas empresas agora“ explica.

Ainda segundo ele é provável que a inadimplência caia nos próximos relatórios do BC. “Mas será por redução na procura.“ Para Torres os indivíduos já estão no limite de endividamento. “Agora com o adiantamento do 13º salário as pessoas devem começar a pagar dívidas e limpar o nome e comprar mais a vista“ analisa o acadêmico.

Segundo dados do Banco Central a inadimplência teve uma alta de 02 ponto percentual para pessoa física em maio ante abril de 84% para 86%.“Haverá espaço para redução porém não devem acontecer baixas significativas nos próximos dois ou três meses“ afirma.

Fonte: DCI / CONTEC

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