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A tentativa da Caixa Econômica Federal (CEF) de punir com descontos salariais na folha de pagamento deste mês os empregados que não teriam compensado horas gastas em greve no ano passado (entre 30/09 e 22/10) gerou uma disputa judicial entre a direção do banco e sindicatos da categoria.
Amparados por uma liminar concedida pela juíza da 14ª Vara do Trabalho de Brasília Cilene Ferreira os empregados estão temporariamente livres da punição. Uma audiência de conciliação agendada para 11 de fevereiro deverá colocar um ponto final na controvérsia.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Brasília a convenção coletiva acertada em mesa de negociação com a Federação Brasileira de Bancos (Fenaban) determinou as horas de greve seriam compensadas até o dia 15 de dezembro e após esse período o que não não fosse compensado seria esquecido.
Mais tarde no entanto a CEF editou uma circular interna reiterando a necessidade da compensação com orientação de trabalho inclusive aos sábados e previsão de descontos na folha de janeiro de horas não-compensadas. Os empregados alegam que a compensação ocorria naturalmente.
Se você é caixa de um banco e termina seu horário mas ainda há serviço você continua lá por uma ou duas horas para fechar. Mas a Caixa queria que os gestores fizessem planilhas para combinar com cada empregado as horas que teria que compensar explicou à Agência Brasil o diretor da Federação dos Bancários do Centro-Norte Adilson Antonio de Sousa.
O dirigente sindical alega que a CEF adotou instrumentos de pressão contra os empregados com uma postura totalmente autoritária por não ter aceitado a derrota na mesa de negociação.
A postura da Caixa é de retaliação ao movimento sindical e a quem fez a greve. Ela quer punir o grevista que usou um direito legítimo de buscar melhor condição de trabalho e melhor salário. Está agindo de forma truculenta afirmou Sousa.
A assessoria de imprensa da CEF foi contactada pela Agência Brasil mas não indicou até o fim da tarde de hoje uma fonte para dar a posição do banco sobre a polêmica.
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