Mesmo diante da crise o Banco do Brasil aposta que a carteira de crédito para as pessoas físicas de R$ 38 bilhões vai crescer 20% neste ano.
A Caixa Econômica Federal está ainda mais otimista e prevê aumento de 4326% na carteira de crédito deste ano que será de R$ 135 bilhões.
O vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil Aldo Mendes argumenta que 9 milhões de pessoas poderiam ter crédito consignado atualmente mas apenas 35 milhões contraíram dívidas com desconto em folha. é por isso que os bancos investem nesse nicho para crescer.
Risco é o desemprego
O desemprego é o único risco que existe hoje mas no crédito consignado isso é amenizado argumenta Mendes. Márcio Ferreira Neto superintendente nacional da Caixa diz que o banco também não está preocupado com o aumento do desemprego porque a maioria das suas operações é de crédito consignado de funcionários públicos que contam com estabilidade no emprego.
A Caixa emprestou em 2008 R$ 72 bilhões nessa modalidade de crédito.
O consignado para empregados de empresas privadas ainda é muito pequeno. Tem espaço para crescer disse.
Os executivos da Caixa afirmam que o banco não corre risco porque tem poucos contratos de financiamento de automóveis o crédito de maior risco atualmente. Apesar do elevado volume de consignados considerados mais seguros todos os clientes da Caixa hoje têm crédito pessoal pré-aprovado cheque especial e cartão de crédito à disposição.
O executivo do Banco do Brasil também afirma estar longe de correr riscos porque o banco é grande tem uma larga base de capital. A carteira de crédito do banco para automóveis cresceu 200% em 2008. Mendes argumenta porém que o financiamento de carros ainda é pequeno -soma R$ 7 bilhões menos de 10% do mercado.
O Banco do Brasil acredita que os problemas de liquidez nos bancos pequenos trarão uma oportunidade para o banco público crescer no financiamento a veículos. Queremos expandir com foco em carros novos. Não trabalhamos muito com carros usados [de maior risco] diz Mendes.
Fonte: Folha de S.Paulo