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Não sou mais o candidato do Brasil sou o diretor-geral de todos os países declarou Graziano em espanhol visivelmente emocionado após a divulgação do resultado. Um dos principais técnicos do primeiro mandato de Lula o agrônomo foi depois foi assessor especial da Presidência. Com o passar dos anos aprendi que é preciso caminharmos juntos obter o consenso para conquistar os objetivos acrescentou depois de agradecer aos países latino-americanos e africanos à comunidade de língua portuguesa e também aos países europeus e aos desenvolvidos. O professor Graziano deu um sinal nítido de que vai trabalhar com todos afirmou o chanceler brasileiro.
O resultado apertado dará ao país a partir de 1º de janeiro de 2012 o cargo de maior visibilidade já ocupado por um brasileiro na governança mundial. Patriota destacou os méritos do candidato que desde 2006 era subdiretor da FAO para a América Latina e o Caribe mas reconheceu que a chave da campanha foi a costura de uma frente com os países em desenvolvimento. De certa maneira foi uma disputa entre o norte e o sul disse o ministro embora tenhamos recebido apoio de alguns europeus. Patriota apontou como decisiva a adesão em bloco dos países em desenvolvimento que formam o G-77: em uma reunião realizada entre os dois turnos da votação dirigentes africanos e latino-americanos arrastaram o bloco para fechar o voto com o candidato que restava do próprio G-77.
Além de Graziano e Moratinos apresentaram-se candidatos de Iraque Irã Indonésia e áustria. O brasileiro saiu em vantagem já no primeiro turno com 77 votos contra 72 do rival espanhol em um total de 180 participantes. Sob queixas dos europeus mas com o aval do consultor jurídico da FAO a delegação brasileira pediu um recesso de meia hora durante o qual os três candidatos asiáticos declararam apoio a Graziano.
O chanceler brasileiro ressaltou a importância da diplomacia africana realizada nos últimos oito anos pelo Itamaraty tendo como carro-chefe a cooperação em programas sociais como o Bolsa Família sucessor do Fome Zero. A áfrica era um dos cenários mais importantes de disputa porque saímos com força na América Latina e no Caribe analisa Patriota. Pesou a nossa política de aproximação com a abertura de embaixadas nossas na áfrica e de países africanos aqui.
Fonte: Correio Braziliense
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