‘Ocorreu nesta sexta-feira (10/07) em Brasília/DF nova reunião de negociação sobre a sustentabilidade da Cassi entre o Banco do Brasil e as entidades representativas dos associados. O principal objetivo da reunião foi ouvir as respostas do BB a respeito dos questionamentos feitos pelas entidades na reunião de negociação realizada em 8 de junho no Rio de Janeiro.
Em relação à possibilidade de melhorias no percentual de 099% que o banco propõe acrescer à contribuição mensal do BB para os ativos com a finalidade de criar e manter a reserva necessária para arcar com a contribuição de 45% da folha de pagamento dos aposentados atuais e futuros o Banco informou que pode refazer o cálculo. Entre as melhorias possíveis estão a utilização da Tábua de Mortalidade que é usada pela Previ – a AT-2000 suavizada – assim como a utilização da mesma taxa de juros da Previ que é de 5%. Com estas duas providências o Banco afirma que a contribuição adicional de 099% para os ativos será elevada para um percentual maior. O BB acrescentou que poderá ser incluída no acordo a ser firmado com os associados a previsão de se reavaliar periodicamente o percentual dessa contribuição considerando-se eventuais mudanças nas premissas que embasarem a sua definição como por exemplo Tábua de Mortalidade e taxa de juros.
Quanto à possibilidade de o BB investir recursos na implementação das medidas estruturantes estimadas em 150 milhões de reais o Banco informou que se aprovada a proposta de retirar a obrigação da instituição financeira constituir as provisões com as obrigações no pós-laboral previstas pela Resolução CVM 695 será possível haver aporte extraordinário do BB para viabilizar a implementação das ações estruturantes com um rígido controle a ser definido em mesa de negociação para garantir que os recursos sejam aplicados de fato nas ações estruturantes e não no custeio normal da Caixa de Assistência.
Em relação a eventuais déficits futuros relativamente à parte que competir aos associados o BB concordou em apresentar proposta de utilização apenas da proporção de renda de cada associado deixando de utilizar critérios como faixa etária grupo familiar (dependentes) ou utilização no período do déficit. A proposta anterior do Banco na visão dos negociadores dos associados quebrava o princípio da solidariedade. Apenas a título de exemplo o BB fez uma simulação utilizando esse critério sobre o déficit verificado em 2014 de R$ 177 milhões. Nesta simulação o rateio do déficit apenas entre os associados corresponderia a uma contribuição extra de 088% do salário durante 12 meses.
Quanto à possibilidade de o BB participar do rateio de eventuais déficits futuros a resposta foi que isso também é possível desde que se chegue a um acordo para que o Banco não seja obrigado a fazer as provisões com as obrigações no pós-laboral previstas pela CVM 695.
Os negociadores dos associados ficaram de discutir com suas bases as informações apresentadas reiterando o posicionamento unânime de que é imprescindível manutenção da responsabilidade do patrocinador Banco do Brasil com a garantia de cobertura para ativos aposentados dependentes e pensionistas.
Nova reunião de negociação foi marcada para o próximo dia 24 de julho com reunião prévia no dia 23 de julho.
Diretoria Executiva da CONTEC’