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As centrais sindicais pediram ontme (25) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a proposta de reduzir a contribuição das empresas para a Previdência saia da reforma tributária que será encaminhada ao Congresso Nacional na quinta-feira (28). Os sindicalistas alegam que a desoneração coloca em risco o pagamento de futuras aposentadorias.
Segundo os sindicalistas o presidente Lula afirmou que a proposta não fará parte da reforma tributária e será discutida por mais tempo. O governo estudava incluir na reforma um mecanismo para reduzir o percentual pago pelos empregadores que hoje é de 20%.
Para os dirigentes sindicais a redução da contribuição patronal significará uma perda de R$ 30 bilhões para os cofres da Previdência e o governo ainda não apresentou uma forma de repor essa arrecadação.
Não concordamos de jeito nenhum. O presidente pediu para que o ministro Guido Mantega [Fazenda] reveja essa questão. Ficou definido que não irá para o Congresso junto com a reforma. Ele [presidente Lula] vai se reunir com os empresários e pontuar que essa questão precisa ser discutida com as centrais sindicais para encontrar uma fórmula de financiamento da Previdência.
Sindicalistas ainda alertam que o aumento da arrecadação e do emprego formal podem não ser necessários para compensar a desoneração da folha de pagamento.
Desonerar a folha de salário não pode vir apenas como um risco que será compensado com o aumento da arrecadação e da formalização. é preciso acompanhar essa discussão com muita cautela para que não se tenha um rombo nas receitas da Previdência. Não há garantia de que vai haver contratação de emprego formal disseram.
O ministro [Guido Mantega da Fazenda] disse que a proposta de desoneração da folha não estará nessa proposta de emenda constitucional mas seria colocada em uma proposta infraconstitucional ou seja mais tarde.
Se a Previdência já é deficitária conforme argumentam economistas como é possível reduzir a receita? Queremos saber qual será a contrapartida patronal. Ficamos inseguros.
O ministro Guido Mantega e o presidente Lula concordaram em estudar mais a proposta informou o Palácio do Planalto. Na quarta-feira (27) será a vez de os empresários opinarem sobre a reforma.
Fonte: NCST
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