‘O lucro líquido contábil que já considera os números do HSBC Brasil foi de R$ 3236 bilhões no terceiro trimestre cifra 215% menor que a registrada em um ano de R$ 4120 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores foi identificada retração de 217%.
O lucro ficou abaixo da projeção de analistas do mercado financeiro. A cifra foi 209% menor que a de R$ 4093 bilhões conforme a média de 11 casas consultadas pelo Broadcast (Deutsche Bank Goldman Sachs BTG Pactual Credit Suisse Bank of America Merrill Lynch Brasil Plural Citigroup JPMorgan Morgan Stanley UBS e uma casa que preferiu não ser identificada). O Broadcast sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado considera que o resultado veio em linha com as estimativas do mercado quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.
O Bradesco destaca em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras que a partir de 1º de julho deste ano passou a consolidar as demonstrações contábeis do HSBC Brasil. No terceiro trimestre o lucro do banco adquirido totalizou R$ 90 milhões.
O lucro líquido ajustado do Bradesco somou R$ 4462 bilhões no terceiro trimestre recuo de 16% ante um ano de R$ 4533 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre quando somou R$ 4161 bilhões foi identificada expansão de 72%. Considerando ajustes o lucro líquido do HSBC totalizou R$ 148 milhões no terceiro trimestre.
O patrimônio líquido do Bradesco somou R$ 98550 bilhões no terceiro trimestre crescimento de 143% na comparação com o mesmo período do ano passado de R$ 86233 bilhões. Em relação ao segundo trimestre quando ficou em R$ 96358 bilhões avançou 23%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio do banco (ROE na sigla em inglês) ficou em 176% no terceiro trimestre contra 174% no segundo. Em um ano entretanto reduziu 31 pontos porcentuais.
Crédito. A carteira de crédito do Bradesco alcançou R$ 521771 bilhões de julho a setembro cifra 166% maior que a registrada nos três meses anteriores de R$ 447492 bilhões. Em um ano quando somou R$ 474488 bilhões foi visto incremento de 100%. As operações de pessoas jurídicas cresceram 175% no comparativo trimestral e 65% em um ano totalizando R$ 350704 bilhões. Já o crédito para a pessoa física somou R$ 171067 bilhões ao final de setembro aumento de 149% em relação a junho e de 178% em 12 meses.
As modalidades crédito imobiliário e pessoal foram os destaques de alta na carteira de empréstimos de pessoa física do Bradesco no terceiro trimestre. Já na pessoa jurídica os destaques foram capital de giro e crédito à exportação. Os números trazem a consolidação das carteiras de crédito do HSBC Brasil a partir de julho último.
Inadimplência. Considerando atrasos acima de 90 dias a inadimplência encerrou setembro em 54% 08 ponto porcentual acima do indicador visto ao final de junho de 46%. Em um ano quando o índice estava em 38% o aumento chegou a 16 ponto porcentual."Desconsiderando o efeito da consolidação do HSBC Brasil este índice seria de 52%" explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
De acordo com o Bradesco o aumento do índice de inadimplência no terceiro trimestre é reflexo da baixa demanda por crédito e pelo atraso de um cliente específico do segmento de grandes empresas. O banco não revela o nome mas segundo analistas seria a Sete Brasil em recuperação judicial. Se excluído tanto o caso específico quanto o HSBC Brasil o índice de inadimplência do Bradesco teria ficado em 487% no terceiro trimestre.
Fonte: O Estado de S.Paulo’