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Partir do Banco24Horas hoje com 75 mil terminais próprios não foi possível pela oposição de alguns dos seus associados. O diálogo foi mais fluente com os três bancos que já têm um histórico de relacionamento como acionistas da credenciadora de cartões Cielo segundo o vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do BB Paulo Caffarelli. As diversas tentativas de agregar outros bancos não avançaram e a opção foi formar um novo bloco que já resulta numa grande rede compartilhada.
Criada em 1982 a TecBan tem quase uma dezena de sócios e 24 instituições financeiras contratam os serviços da rede. O Itaú Unibanco passou a ser o principal acionista da empresa após a fusão das duas instituições . O Bradesco detém um terço do negócio graças a um passado de aquisições de instituições menores como o BCN e Finasa que participavam da rede. O BB no fim do terceiro trimestre de 2009 informava uma fatia de 9% enquanto o Santander vendeu a parcela que tinha na TecBan para a matriz espanhola em 2009 no período que antecedeu a abertura do capital do banco no Brasil.
Não é a primeira vez que BB e Bradesco se aproximam num projeto de compartilhamento mas essa experiência mostrou que é mais fácil do ponto de vista tecnológico criar uma estrutura nova a interligar os computadores de um banco ao outro comentou o diretor do Bradesco e presidente da Scopus Cândido Leonelli. Se o padrão internacional se replicar no modelo brasileiro a expectativa é de que as transações da rede compartilhada representem uma economia de 20% em relação às efetivadas nos terminais próprios. conforme projetou o executivo.
Para os bancos as sinergias incluem o aluguel de espaços manutenção de máquinas limpeza transporte de valores e suprimento de numerário. Só BB e Bradesco gastam cerca de R$ 1 bilhão ao ano com a manutenção de terminais. Os custos da rede externa representam 30% do conjunto de despesas com o auto-atendimento.
Na nova empresa a TecBan pode até ser o parceiro operacional da rede compartilhada mas Leonelli sinalizou que há empresas internacionais interessadas em investir no mercado brasileiro e a escolha daquela que vai tocar o projeto será fruto de um processo de licitação. A expectativa é de que no futuro outras instituições financeiras se integrem ao projeto.
Para os clientes o uso de caixas eletrônicos compartilhados não deve representar custos adicionais segundo o diretor do Santander Marcos Matioli. A tarifa estará implícita no pacote de serviços de cada instituição que dá direito a um certo número de transações mensais nos terminais de autoatendimento.
Fonte: Valor Econômico / CONTEC
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