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A economia do país no entanto ainda não recuperou as perdas sofridas com a recessão registrada entre outubro do ano passado e março deste ano: na comparação com o mesmo trimestre de 2008 no entanto o PIB segue em baixa de 12%. No acumulado de janeiro a setembro a queda ficou em 17% frente ao mesmo período de 2008.
O IBGE também revisou para baixo o crescimento do PIB no segundo trimestre deste ano. A alta divulgada anteriormente de 19% na comparação com os primeiros três meses do ano foi revista para 11%.
Particularmente esse terceiro trimestre reflete um momento de crise que fez com que essa série tenha uma instabilidade maior de números explicou Roberto Olinto coordenador de contas nacionais do IBGE.
Foram revisadas também as variações de trimestres anteriores: no primeiro trimestre do ano a queda foi revista para 09% (o dado inicial era de -10%); no quarto trimestre de 2008 a baixa ficou em -29% (ante dado original de -34%); e no terceiro trimestre de 2008 a alta foi revisada para 11% (a divulgação original apontava crescimento de 13%).
Indústria foi destaque
Na comparação com o trimestre anterior a indústria foi destaque de crescimento com alta de 29% seguida por serviços com alta de 16%. Já a agropecuária teve queda acentuada de 25%.
Frente ao terceiro trimestre de 2008 a retração do setor agrícola foi ainda maior de 90%. A indústria também teve forte contração de 69%. O setor de serviços foi o único a registrar alta nessa base de comparação de 21%.
A queda na agropecuária segundo o IBGE pode ser explicada pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no trimestre. Com exceção da cana-de-açúcar com estimativa de crescimento anual de 69% as estimativas para 2009 do trigo em grão (-151%) do café em grão (-138%) da mandioca (-03%) e da laranja (-01%) apresentaram quedas em relação ao ano anterior.
Já na indústria a construção civil com recuo de 84% frente ao terceiro trimestre de 2008 foi o destaque negativo seguida pela indústria de transformação que se contraiu em 79%.
Consumo das famílias
Na comparação com o segundo trimestre o consumo das famílias cresceu 20% e foi um dos pontos mais favoráveis em relação à demanda interna. O consumo da administração pública teve alta menor de 05%. O maior destaque foi para a formação bruta de capital fixo (investimento) que cresceu 65% no período.
Frente ao mesmo trimestre de 2008 o consumo das famílias mostrou o 24º crescimento consecutivo nessa comparação de 39%. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi a elevação de 25% da massa salarial real com aumento de ocupação e do rendimento médio real do trabalho diz o IBGE em nota.
Nessa base o consumo da administração pública teve alta mais modesta de 16% enquanto a formação bruta de capital fixo mostrou queda de 125% influenciada principalmente pela redução da produção interna e da importação de máquinas e equipamentos.
Essa queda na formação bruta de capital fixo influenciou na redução da taxa de investimento no terceiro trimestre para 177%. De julho a setembro de 2008 essa porcentagem ficara em 201%.
Exportações e importações têm segundo trimestre de alta
Pelo lado do setor externo as Exportações de Bens e Serviços apresentaram tiveram alta de 05% e as Importações de Bens e Serviços cresceram 18% no segundo crescimento seguido na comparação com o trimestre anterior.
Frente ao 2008 no entanto houve queda acentuada de 101% nas exportações e de 158% nas importações.
Fonte: G1
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