No entanto Delcídio alerta que diante de uma previsão menor de crescimento da economia como a enviada nesta semana pelo Ministério do Planejamento ao Congresso o governo não terá como bancar essa despesa. Não tem dinheiro. No momento em que nós estamos cortando gastos onde é que vamos arrumar dinheiro para fazer tudo isso. é difícil disse.
Ao enviar os novos parâmetros que servirão de base para o Orçamento 2009 o governo que até então defendia um crescimento de 45% para esse ano reviu a estimativa para baixo e apostou numa meta de crescimento de 4%. Essa revisão implicou na necessidade de um corte de R$ 15 bilhões nos gastos a serem realizados no próximo ano.
O senador lembrou ainda que o próprio Ministério da Previdência já considerou a proposta insustentável do ponto de vista financeiro. Pelos montantes envolvidos o ministro da Previdência [José Pimentel] já informou que o governo não tem condições. O problema é que uma decisão sobre um projeto desse não é uma decisão que vale por um ano. Se o Congresso decidir adotar como lei esse projeto são quinze anos que o país terá que repetir os mesmo pagamentos. Então não é uma coisa simples explicou o senador.
De acordo com a proposta do Governo já aprovada pelo Senado de recuperação do poder de compra do salário mínimo o reajuste até 2011 se daria com base na inflação passada (registrada no ano anterior) mais o mesmo percentual do crescimento real da economia de dois anos antes. Desta forma no dia 1º de fevereiro de 2009 o salário mínimo seria aumentado além da inflação de 2008 um aumento de 54% referente ao percentual do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2007.
O senador cobrou um posicionamento do governo em relação à questão. Segundo ele não há como considerar no Orçamento para o próximo ano recursos para garantir o aumento aos aposentados. O governo tem que nos dizer o que ele pretende fazer porque esse é um compromisso de 15 anos no mínimo e portanto eu não tenho autonomia como relator do Orçamento da União de 2009 de definir uma despesa dessa. Não tem nenhuma condição disse o senador.
Fonte: DIAP