‘As vendas do varejo brasileiro registraram em novembro o pior resultado em 12 anos. Na comparação com o mesmo mês de 2014 o recuo foi de 78% o maior desde março de 2003 quando a retração passou de 11% segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já em relação a outubro o comércio brasileiro mostrou sua segunda alta seguida de 15% depois de registrar resultados seguidamente negativos durante o ano de 2015 que acumula baixa de 4% no volume de vendas.

e compararmos a conjuntura de novembro de 2014 com a de 2015 a gente tinha um mercado de trabalho que crescia. Atualmente temos uma situação de juros bem mais elevada e uma mudança de situação em termos de inflação. Novembro de 2014 foi um pico histórico que tivemos mas a conjuntura era diferente" disse Isabella Nunes gerente de Serviços e Comércio do IBGE.

Entre todos os segmentos do comércio os hipermercados supermercados produtos alimentícios bebidas e fumo cujas vendas caíram 57% exerceram a principal pressão negativa sobre o índice geral na comparação anual.

Na sequência aparecem as quedas dos móveis e eletrodomésticos (-147%) e de tecidos vestuário e calçados que ao recuarem 156% registraram a maior baixa na sua série histórica. As vendas de combustíveis e lubrificantes também caíram (12%) pressionando o resultado geral do comércio.

O único setor do varejo que mostrou crescimento foi o de artigos farmacêuticos médicos ortopédicos de perfumaria e cosméticos (2%).

Apenas o comércio de Roraima mostrou aumento nas vendas de 4%. Os outros estados venderam menos. No Amapá a retração foi de 274% em São Paulo de 6%; no Rio Grande do Sul de 109% no Paraná de 10% e em Santa Catarina de 113%.
Comparação mensal
De outubro para novembro o que mais contribuiu para essa "recuperação" do comércio em novembro foram as vendas de móveis e eletrodomésticos que cresceram 69% além das de outros artigos de uso pessoal e doméstico que avançaram 41%. Segundo o IBGE esses números indicam "um movimento de antecipações de compra para o Natal".

"Essas promoções de venda online concentradas em novembro vêm estimulando a venda de bens duráveis. Cinco das oito atividades do comércio varejista apresentaram aumento. Como houve essas promoções de novembro a gente percebeu um aumento em relação a outubro. Em novembro o comércio já tem uma sazonalidade muito forte por causa das vendas do fim do ano. Novembro concentra as promoções em relação às vendas onlines" afirmou a gerente de Serviços e Comércio do IBGE.

Nesse período também aumentaram as vendas de artigos farmacêuticos médicos ortopédicos de perfumaria e cosméticos (12%) de tecidos vestuário e calçados (06%) e de equipamentos de escritório informática e comunicação (174%).

As vendas no varejo aumentaram em 19 das 27 Unidades da Federação. Os melhores resultados foram registrados no Pará (30%) e em Roraima (29%). Amapá (-29%) e Paraná (-16%) aparecem na outra ponta com as maiores quedas.

Vendas de veículos

O comércio varejista ampliado que inclui além do varejo o segmento de veículos motos partes e peças e de material de construção recuou 132% com destaque para as vendas de automóveis. No ano as vendas acumulam queda de 84% e em 12 meses de 78%.

Já na comparação mensal o comércio varejista ampliado cresceu 05% com pressão positiva partindo das vendas de veículos motos partes e peças que cresceram 12%. De acordo com o IBGE o desempenho do segmento de material de construção também contribuiu para o resultado positivo do varejo ampliado uma vez que cresceu 06%.

Receita

Frente a outubro a receita nominal cresceu 23% e na comparação com novembro de 2014 subiu 14%. No ano acumula alta de 33% e em 12 meses de 36%.

(Fonte G1)’

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados *

Postar Comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.