‘Quatro das cinco maiores centrais sindicais do país estão decididas a pôr fim à lua de mel com o governo Dilma Rousseff. Uma grande manifestação esta marcada para o dia 6 de março em Brasília.
Quatro das cinco maiores centrais sindicais do país estão decididas a pôr fim à lua de mel com o governo Dilma Rousseff. Os presidentes da Força Sindical Nova Central UGT e CTB agendaram para o dia 6 de março uma grande manifestação em Brasília em defesa de bandeiras como o fim do Fator Previdenciário a redução da jornada de trabalho par a 40 horas semanais e a expansão da reforma agrária. A expectativa segundo os dirigentes é reunir cerca de 20.000 pessoas na caminhada. A decisão foi anunciada após reunião na segunda-feira em São Paulo da qual a única central sindical ausente foi a CUT a maior do país e ligada ao PT.
A presidente Dilma não cumpriu nenhuma das reivindicações com as centrais nos recebeu apenas uma vez. As centrais praticamente decidiram que a partir do próximo ano vamos para o pau (sic) com a presidente – afirmou o presidente da segunda maior central do país a Força Sindical o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). – Foi uma lua de mel recorde de dois anos mas essa lua de mel acabou hoje. Ela pegou uma política econômica com o país crescendo 75% e levou a zero. O P IB este ano será uma vergonha. Alguns setores como o de máquinas já começam a demitir – acrescentou.
Apesar de ausente do encontro o presidente da CUT Vagner Freitas subscreveu a dura nota emitida no encontro. O texto defende uma "ampla mobilização nacional" em 2013 condena o "sucateamento do Ministério do Trabalho" e critica "a falta de disposição do governo e da presidenta Dilma para negociar a agenda desenvolvimentista da classe trabalhadora o que ocorre em notório contraste com o tratamento VIP dispensado aos representantes do capital". A CUT não fala em romper com o governo mas pressionar e cobrar o atendimento das reivindicações dos trabalhadores.
O presidente da UGT Ricardo Patah salienta que não se trata de ruptura com o governo mas alerta que a insatisfação é geral e daí a necessidade da mobilização.
– Estamos abaixo de 1% de crescimento e isso vai trazer consequências graves no emprego em 2013. Estamos contentes que a presidente está bem avaliada mas isso é muito pouco para um Brasil que precisa crescer no mínimo 4% ao ano. E stamos com dificuldade na relação com a presidenta no dia a dia. Ela tinha se comprometido a falar com a gente no mínimo uma vez por mês mas nos recebeu uma vez ano passado e outra neste ano. Ela realmente não está falando com o mundo sindical – justificou Patah.