O anuário da Previdência Social divulgado na última quinta-feira (2) aponta que as empresas deixaram de comunicar 1389 mil casos de acidentes de trabalho no ano de 2007. De acordo com as empresas ocorreram no ano 5141 mil acidentes. Exames feitos em contribuintes no entanto elevaram o número para 653 mil uma diferença de 212%.

A diferença entre os números se deve ao chamado “nexo técnico epidemiológico“ que foi adotado pela Previdência Social no ano passado. O objetivo é tornar mais confiáveis as estatísticas sobre acidentes de trabalho que antes dependiam apenas das comunicações das empresas.

Para isso são feitos exames rigorosos nos contribuintes da Previdência que solicitam auxílio-doença. Por meio destes exames se constatou a diferença entre os números.

O secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério Helmut Schwarzer explica que em alguns casos as empresas não consideraram tendinites como lesões por esforço repetitivo (LER). Ele citou ainda casos de doenças pulmonares em trabalhadores que atuavam junto a serragens.

São estes tipos de doença que passaram a contar agora nas estatísticas como acidente de trabalho. “Nosso objetivo é combater a subnotificação e dar mais transparência às estatísticas nestes casos“ disse Schwarzer.

Auxílio-doença
O balanço divulgado pelo ministério aponta uma redução na concessão de auxílios aos contribuintes sobretudo do auxílio-doença. Além dos 1389 mil casos que passaram a ser registrados como acidente de trabalho houve uma redução de 2222 mil nos benefícios concedidos nesta rubrica. Ao todo em 2006 foram concedidos 22 milhões de auxílios contra 18 milhões no ano de 2007.

O ministro da Previdência José Pimentel atribui a redução à maior fiscalização da pasta e exames mais rígidos para a concessão do auxílio-doença. O ministério divulgou ainda que foram cassados em 2007 24 mil benefícios da Previdência Social por fraudes. De acordo com Pimentel as fraudes foram identificadas pelo censo previdenciário e por forças-tarefas feitas pelo órgão.

Fonte: G1

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