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As práticas anti-sindicais são comuns em todos os países do continente. Os bancos pressionam e perseguem trabalhadores ligados às entidades sindicais dificultando sua progressão na carreira e chegando até a casos de demissão deixando de lado convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que garantem a livre organização dos trabalhadores em todo o mundo.
Um exemplo claro de perseguição se deu no Paraguai tendo como vítima a funcionária do Interbanco Marisol Rojas. Ela foi demitida mesmo sendo sindicalista o que lhe garante estabilidade de acordo com o contrato coletivo de trabalho dos bancários. Além disso Marisol estava grávida o que lhe garante proteção pela lei paraguaia.
Para combater este tipo de abuso das empresas os bancários pretendem intensificar o uso de instrumentos internacionais como as denúncias à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a ISSO 26000 que trata de responsabilidade social. As diretrizes da OCDE são normas que regulamentam a atuação de empresas multinacionais fora de seus países. Os governos dos países membros e observadores da organização são obrigados a estabelecerem um Ponto de Contrato Nacional (PCN) órgão com função de receber as denúncias de violação das diretrizes. As denúncias podem ser feitas contras empresas estrangeiras com atuação no país ou contra ações de empresas nacionais em outros países.
O caso da paraguaia Marisol Rojas foi denunciado ao PCN brasileiro que lamentavelmente ainda não encaminhou nenhuma resposta. A ISO 26000 será uma norma internacional sobre responsabilidade social que orientará as ações de organizações (empresas sindicatos universidades etc.).
Em discussão por um fórum específico a norma reunirá diversas regulamentações internacionais como convenções da OIT declaração dos Direitos Humanos e as próprias diretrizes da OCDE. Ela será uma referência para as empresas que queiram ser consideradas de fato socialmente responsáveis e para a cobrança desse comportamento por parte dos trabalhadores.
Trabalhadores querem participar da nova regulamentação do sistema financeiro
Os trabalhadores do setor financeiro internacional querem ter assento na mesa de discussão das novas normas de atuação do sistema financeiro. Após a crise econômica internacional que teve início nas empresas do setor se torna cada vez mais urgente a mudança da regulamentação do setor.
A UNI Sindicato Global elaborou uma proposta para essa discussão que prevê a participação ativa dos trabalhadores no novo modelo de regulação. A idéia é que os trabalhadores auxiliem as autoridades na fiscalização de uma série de processos do sistema como regulamentação e práticas em remuneração e incentivos a trabalhadores não executivos em regulamentação e normas entre outros.
Fonte: Jornal Rede Global Bancária
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