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IGUALDADE DE OPORTUNIDADE Este foi o primeiro item da pauta de debates que englobou as questões de gênero raça religião idade opção sexual (homoafetivos) e deficientes. A representação da Contec em seu diagnóstico lembrou que embora as mulheres sejam a maioria entre os bancários na questão de ocupação de funções gerenciais e cargo em comissão as administrações dos bancos ainda estão deixando muito a desejar. Destacou ainda a necessidade de avanço neste campo de igualdade entre gêneros. A representação da Fenaban concordou e afirmou que realmente a contestação é correta.
Com relação aos afro-descendentes a representação da Contec afirmou que a inclusão dos mesmos ainda é muito tímida no setor privado em várias regiões do Brasil. Os representantes dos trabalhadores bancários destacaram ainda que na questão dos homoafetivos houveram avanços com o atendimento do pleito da Contec de inclusão dos mesmos no recebimento de benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho. Na oportunidade os representantes da Fenaban fizeram uma exposição sobre o programa de Valorização da Diversidade que trata da inclusão de deficientes no trabalho bancário. Lembraram que no ano passado o sistema financeiro contratou 420 deficientes em vários bancos após seleção qualificação capacitação e curso de treinamento.
A representação da CONTEC concordou e solicitou que este projeto piloto que incluiu os 420 deficientes seja estendido em todas as regiões do país.
SAúDE DO TRABALHADOR Com relação a este tema a representação da Fenaban entendeu que o maior destaque ficaria para a questão dos afastados por licença saúde. Debatemos intensamente sobre a reabilitação readaptação reintegração e os procedimentos do INSS para a concessão de estabilidade de emprego no caso de retorno aos locais de trabalho.
A Contec também destacou o despreparo dos gestores e suas equipes para receber os reintegrados. Segundo a representação dos trabalhadores na prática muitos bancários após o INSS liberar de sua licença retornam aos bancos e pouco tempo depois são demitidos. A alegação é de que muitos deles retornam desatualizados e nem sempre conseguem realizar tarefas que são passadas e que na maioria das vezes são recebidos pelos colegas com muita rejeição. A representação da Fenaban perguntou qual tipo de cooperação o movimento sindical poderia dar para solucionar deste problema. E propôs a construção em parceria de programas de reabilitação para aqueles casos em que o INSS julga como apto ao trabalho o licenciado por questões de saúde.
SEGURANçA BANCáRIA Sobre este tema o destaque foi o alto número de assaltos que ocorrem nas agências bancárias. A representação da Contec relatou vários fatos ocorridos e solicitou aos representantes da Fenaban que os bancos tenham um plano de segurança material melhorado com vigilantes mais bem preparados e que mantenham os bancários sempre informados sobre essas questões embora tenhamos conhecimento do trabalho conjunto realizado em parceria com as policiais militares estaduais e a própria Polícia Federal.
TERCEIRIZAçãO Conforme acordado na última reunião a representação da Fenaban apresentou a seguinte lista de funções normalmente terceirizadas nos bancos:
– vigilância
– limpeza
– telefonista
– setor de compras
– manutenção predial e equipamentos de ar condicionado e elétrica
– alimentação
– desenvolvimentos de software
– promotora de vendas
– serviços jurídicos
– transporte em geral (pessoas e valores)
– microfilmagem
– telefonia central
– jardinagem
– coleta de resíduos
– call center
– coleta e triagem de preparação de documentos que antecede a compensação
– marketing
Por entender que nesta lista constam até mesmo funções de atividades fins que deveriam segundo a Lei ser executadas por bancários a Contec solicitou mais uma vez a contratação direta dos terceirizados. Para a Contec quem trabalha nos bancos são bancários.
A representação dos bancos alegou que dá integral liberdade a esse procedimento uma vez que o considera estratégia de negócios. Porém a representação da Contec contestou a alegação lembrando que na maioria dos casos a estratégia é boa apenas para os banqueiros uma vez que precariza os serviços prestados prejudicando os trabalhadores bancários e até mesmo os clientes.
A Fenaban no entanto afirmou que gostaria de discutir o aperfeiçoamento dos terceirizados.
Os quatro temas intensamente debatidos ontem seguem como pauta das próximas reuniões das mesas temáticas. A Fenaban ficou de confirmar outras datas para as audiências que darão continuidade aos debates.
Fonte: CONTEC
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