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Na região metropolitana de São Paulo a taxa de desemprego feminino caiu pelo sexto ano consecutivo em 2009 para 162% de 165% em 2008. Entre os homens houve elevação de 107% para 116% no período.
Segundo o Seade/Dieese a redução do desemprego feminino deve-se à criação de vagas de trabalho em setores com presença notadamente feminina como os serviços (16% das vagas) e o serviço doméstico (56%). Na outra ponta houve forte redução do emprego na indústria (menos 74% de vagas para os homens) o setor mais afetado pela crise e com presença notadamente masculina.
Na questão salarial embora o rendimento médio real por hora das mulheres tenha crescido 3% em 2009 para R$ 617 esse valor equivale a 798% do que ganham os homens na Grande São Paulo embora acima dos 765% de 2008. A remuneração masculina caiu 14% no ano passado. Mulheres com nível superior ainda ganham 30% menos que os homens.
A pesquisa do Seade/Dieese também mostrou que o trabalho doméstico continua a ser alternativa de trabalho para as mulheres da região metropolitana de São Paulo embora o perfil dessa trabalhadora esteja passando por transformações. Depois do setor de serviços o serviço doméstico é o maior empregador da região mais rica do País. As trabalhadoras domésticas passaram de 192% da mão de obra ocupada em 2000 para 17% em 2009 enquanto as que trabalham em serviços foram de 50% para 535% no período.
Enquanto na Grande São Paulo os serviços domésticos ainda representam o segundo maior mercado de trabalho para as mulheres em outras regiões do País o comércio está tomando seu espaço. O setor já é o segundo maior empregador em Porto Alegre (17% das trabalhadoras) Salvador (171%) Fortaleza (197%) e Recife (198%). O setor de serviços é o maior empregador do País. Nas principais regiões metropolitanas responde por 55% a 61% da oferta do emprego tanto para homens como para mulheres.
Fonte: O Estado de S.Paulo / CONTEC
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