A Comissão Permanente de Negociação da Caixa Econômica Federal reuniu-se em Brasília em 12 de março e os resultados das conversações sobre os diversos pontos do interesse do funcionalismo não foi nada animador. Esta é a informação de Geraldo Sena e Marcelo Pizzo dos Sindicatos dos Bancários de Governador Valadares e Varginha respectivamente que representaram os trabalhadores da CAIXA de Minas Gerais na reunião que contou ainda com as presenças de Célio Mascarenhas e Crispim Batista (Tocantins) e Alfredo (Goiás) da base da FEEB MG GO TO DF.
O relatório a seguir deixa evidenciar a necessidade de mobilização do funcionalismo com o apoio das entidades sindicais para que se consiga quebrar a intransigência da Caixa. Eis o relatório:
Comissão Permanente de Negociação da Caixa Econômica Federal
Relatório da reunião ocorrida em 12 de março de 2008.
Participantes:
Pela CEF:
Sueli Trevisan e Sebastião
Pelos empregados:
Nome Entidade
Geraldo Sena Sintraf-GV MG
Rogério Nossa Caixa Franca SP
Zé Maria CEF Franca SP
Paulo Nossera CEF Franca SP
Joaquim Seeb Amazonas
Carlão Feeb Paraná
Marcelo Pizzo Seeb Varginha MG
Célio Seeb Palmas TO
Crispim BB Palmas TO
Alfredo Feeb GO
Lourenço do Prado Contec
Rumiko Contec
Pauta: – Saldamento PCS Atendimento – Canais alternativos 13ª cesta para aposentados CTVA incorporação ao salário Terceirização
Saldamento PCS – Em relação ao PCS a CEF não atende como um novo plano de cargos e salários mas aceita debater a construção de uma proposta alternativa de unificação da estrutura de cargos e salários já existente. As premissas básicas continuam sendo as estabelecidas no PCS implantado em 1998. Neste sentido a empresa se comprometeu a divulgar sua proposta o mais rápido possível provavelmente antes da próxima reunião marcada para o dia 17 de abril. De acordo com os negociadores da CEF num primeiro momento será feito o encaminhamento da proposta para apreciação pelos órgãos de controle externo (Ministérios da Fazenda e do Planejamento). No segundo momento será efetuada a implantação da proposta com o enquadramento de todos os empregados nos seus devidos níveis. Questionados sobre a obrigatoriedade de adesão ao saldamento como condição necessária ao enquadramento no plano os negociadores responderam que essa premissa é uma condição imposta pelos órgãos controladores externos. Para os empregados detentores de ações judiciais que colidem com pontos específicos da proposta a condição para adesão ao novo plano é a renúncia às respectivas ações. Quanto às jornadas de trabalho a empresa não cogita efetuar nenhuma alteração no modelo atual. Os negociadores da CEF garantiram aos representantes dos empregados efetuarem ampla divulgação ao público alvo.
Atendimento: canais alternativos Questionamos sobre a obrigatoriedade dos gerentes das agências em tirar os clientes das agências e encaminhá-los aos canais alternativos de atendimento. Em resposta os negociadores da CEF disseram que não existe essa determinação porém ressalvaram que alguns produtos são formatados para serem comercializados nos canais alternativos. Exemplos: contas inclusivas cujas operações podem ser feitas nas lotéricas. Contrapondo aos argumentos apresentados o representante da Comissão dos Empregados por Minas Gerais Geraldo Sena argumentou que isso se transforma numa violência institucional uma vez que os gerentes são obrigados a cumprir metas. Em resposta a CEF respondeu que não existe nenhuma vinculação com as metas estabelecidas e que se isso ocorre está circunscrita à atitude de alguns gestores nas unidades da empresa. Reforçando seus argumentos os negociadores da empresa disseram que a CEF esta ampliar seu quadro de pessoal para 77 mil empregados. Para isso já publicou edital de realização de um novo concurso público para o mês de abril próximo cuja formatação deixa de ser como banco de aprovados para número de vagas. Aproveitando o momento a Comissão dos Empregados informou à CEF sobre as dificuldades ora em curso nas agências quanto à obrigatoriedade dos gerentes em impostar senha para a liberação de operações específicas. Esse procedimento é considerado um entrave principalmente no momento em que o gerente solicitado é obrigado a interromper um atendimento a um cliente para atender à exigência da senha. Ciente do fato a CEF solicitou que se fizesse um levantamento na rede e que os funcionários apresentassem sugestões com vistas à solução do problema.
13ª cesta para aposentados Quanto a este item a CEF informou que existem 460 ações judiciais em curso sobre a matéria e foi taxativa em dizer que só acata o pagamento por decisões judiciais.
CTVA incorporação ao salário Os negociadores da empresa explicaram que esse sistema é uma metodologia temporária de complementação salarial dentro da política de reconhecimento do pessoal da Caixa. No entendimento jurídico essa complementação não está pacificada pois algumas decisões entendem que se trata de antecipação salarial e outras dão conta de que se trata de um PLUS ao salário. Ambas apontam como verba salarial. A Caixa aceita discutir a incorporação desde que não signifique impacto na folha de pagamento de modo a onerar de forma vegetativa. Esse é o único ponto que vai voltar como pauta para a nova reunião.
Terceirização O questionamento sobre a terceirização na empresa foi respondido com a informação de que o concurso público resolverá essa questão de forma definitiva. A próxima reunião foi marcada para as 15h do dia 17 de abril próximo.
Orientações: Com base no resultado dessas negociações a Comissão representante dos empregados orienta as entidades sindicais a dar ampla divulgação desse relatório a todos os funcionários da CEF discutir os assuntos tratados e dar retorno dos resultados à Comissão para subsidiar a próxima negociação.
por: FEEB