‘O Banco do Brasil deve instalar escritório de representação em Moscou “provavelmente no terceiro trimestre” de acordo com o vice-presidente de Negócios Internacionais do banco Paulo Rogério Caffarelli. A autorização foi dada pelo Banco Central (BC) na última quinta-feira (14). Falta o aval da autoridade monetária russa mas Caffarelli disse que a negociação está adiantada. Instalar um escritório de representação é fácil segundo ele mas já existe entendimento que “se a coisa andar bem” futuramente será aberta uma agência.
Caffarelli revelou que o objetivo é atender empresas brasileiras que se internacionalizam cada vez mais e cita como exemplos a Embraer a joalheria H. Stern a fábrica de carrocerias Marcopolo a Tramontina e o frigorífico JBS dentre outros. Ele relaciona também clientes do BB que atuam na Rússia como o Centro de Negócios Apex-Brasil e a Câmara Brasil-Rússia de Comércio Indústria e Turismo.
O executivo lembrou que as relações bilaterais Brasil-Rússia ganharam mais estatura nos últimos anos a ponto de a corrente de comércio entre os dois países ter atingido US$ 59 bilhões em 2012 o que coloca o país europeu como 19º parceiro comercial brasileiro. Nossas exportações somaram US$ 31 bilhões contra importações de US$ 28 bilhões com superávit de US$ 3501 milhões para o Brasil.
De acordo com Caffarelli o BB vai atender as empresas brasileiras na Rússia mas está de olho também na possível clientelização de empresas russas que porventura se instalem no Brasil aproveitando a onda de internacionalização provocada pela globalização da economia. “é uma via de mão dupla” observou.
Da mesma forma que o BB se preparou para aumentar sua presença no mercado internacional que começou para atender as grandes concentrações de brasileiros nos Estados Unidos e no Japão e depois se espraiou para outros países Caffarelli afirmou à Agência Brasil que existe tendência de outros bancos globais também atuarem no Brasil.
Além das aquisições do Banco Patagônia na Argentina e do EuroBank nos Estados Unidos o BB reforça sua atuação na Europa com o escritório na Rússia e na ásia com a transformação do escritório de Xangai em agência e com a abertura de uma distribuidora de títulos em Cingapura que permite ao BB a negociação ininterrupta de papéis 24 horas por dia.
De acordo com o banco existem ainda outros estudos em andamento visando ao crescimento nos mercados latino-americano africano e asiático. As analises abrangem 70% da economia global incluindo os maiores e mais representativos mercados tanto em tamanho e crescimento quanto em rentabilidade.
A intenção segundo Caffarelli é fazer com que o BB se consolide como banco de referência para empresas e indivíduos brasileiros além de sul-americanos em geral no exterior tendo para isso que aumentar a representatividade de suas operações internacionais.
Fonte: Jornal O Popular’