Está mantido o ritmo de crescimento das despesas (128%) maior que o das receitas (48%) situação que vai impor segundo projeções oficiais um déficit operacional (nominal) em 2011. Esse cenário de acordo com o secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho Ezequiel Nascimento prejudicará sensivelmente as linhas de financiamento para a geração de emprego e os programas de qualificação de trabalhadores.
Se em 2006 foram destinados R$ 16 bilhões para essas linhas operadas pelos cinco bancos públicos federais em 2007 os valores foram reduzidos à metade. Neste ano serão R$ 4 bilhões e 2009 deve ficar com R$ 25 bilhões. Em 2010 as projeções indicam R$ 2 bilhões para os financiamentos que geram emprego e renda e se tudo ficar como está 2011 não terá nada.
Na avaliação do secretário o crescimento expressivo das despesas do FAT decorre da alta rotatividade no emprego costumeira no país. é o fundo que tem de custear os pagamentos do salário-desemprego e do abono salarial. Em 2007 o governo registrou 143 milhões de admissões no regime da CLT e 127 milhões de demissões. Desses dispensados 63 milhões receberam o salário-desemprego.
Neste ano a previsão é a de pagar o salário-desemprego a 66 milhões de pessoas ao custo de R$ 146 bilhões. Cálculos para 2009 indicam que a despesa aumentará para R$ 164 bilhões.
Fonte: Valor Econômico