O Banco Central aprovou ontem a compra do controle acionário da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil mas impôs limites para o aumento das tarifas cobradas dos clientes dos dois bancos. Pela regra estabelecida pela autoridade monetária as tarifas da Nossa Caixa que forem mais altas deverão ser reduzidas aos valores cobrados pelo BB.
Segundo o BC a Nossa Caixa cobra em geral mais caro por seus serviços do que o BB com exceção de três ou quatro tarifas. Nesses casos as tarifas cobradas na Nossa Caixa serão majoradas aos níveis vigentes no BB. Segundo dados divulgados no site do BC na internet o BB cobra mais caro (R$ 800) do que a Nossa Caixa (R$ 700) por exemplo para fornecer a segunda via de cartão de débito ou de movimentação de contas.
O BC também impôs limites ao aumento de tarifas pelo BB. Nos próximos cinco anos o banco federal não poderá cobrar tarifas de serviços prioritários acima dos valores médios cobrados pelos cinco maiores bancos brasileiros. A autoridade monetária também determinou que o BB isente os clientes da Nossa Caixa de tarifa para uso de terminal compartilhado com o BB. Segundo o BC os limites tem o objetivo de fazer os bancos dividirem com a sociedade os ganhos de eficiência gerados pela compra da Nossa Caixa pelo BB.
Com a decisão tomada ontem o BB reproduz a fórmula usada recentemente na aprovação da união entre os bancos Itaú e Unibanco. Naquela operação também foram estabelecidas regras para a convergência das tarifas e limites para os reajustes dos preços cobrados dos clientes nos próximos cinco anos.