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Está em curso um processo de negociação entre governo e centrais sindicais para fixar o novo valor do mínimo. A proposta do governo é de R$ 540 valor alcançado pelo critério vigente que considera a inflação mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores. O governo diz que não tem condições de conceder o aumento pedido pelas centrais sindicais. A decisão final do reajuste do piso salarial no entanto será tomada pelo presidente Lula somente após consultar a presidente eleita Dilma Rousseff.
Além dos sindicalistas porém há dentro do próprio governo quem apoie valores maiores. O ministro do Trabalho Carlos Lupi já falou em R$ 570. Estava prevista uma nova rodada de negociações para esta semana mas ela não ocorreu. Existe uma discussão em andamento e se ela for rompida vai ficar ruim para a presidente Dilma disse Paulinho. Ele observou que a proposta de R$ 540 defendida por Mantega não é a que ganhou as eleições.
Por outro lado o sindicalista reconhece que essa pode ser apenas uma posição negociadora. Espero que seja só discurso de alguém que foi confirmado e quer mostrar que está macho disse. Em anos anteriores os sindicalistas também tiveram de derrotar a posição mais conservadora do ministro da Fazenda.
Judiciário
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindijus) Roberto Policarpo afirmou que é uma balela o argumento de que o reajuste poderá colocar em risco o processo de consolidação fiscal.
Funcionários do Judiciário fizeram na quarta-feira um ato público em frente ao STF para cobrar a retomada das negociações entre o Judiciário e o Executivo para garantir a inclusão do projeto na proposta de Lei Orçamentária. O ato atrapalhou a sessão de julgamentos do Supremo. Os ministros tiveram dificuldades para ouvir votos de seus colegas.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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