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Após a comprovação pelo BC de que o dano foi provocado por dispositivo antifurto a instituição financeira deverá comunicar ao portador que a cédula foi fruto de ação criminosa e se encontra à disposição das autoridades competentes para investigação criminal. O portador da nota não terá direito ao ressarcimento do valor correspondente à cédula danificada apontou o CMN.
Se for confirmado que o dano não foi causado pelo dispositivo antifurto o banco passará essa informação ao portador da cédula e vai realizar a troca.
Saque de notas
Segundo o diretor de Administração do Banco Central Altamir Lopes caso os correntistas saquem notas manchadas nos próprios caixas eletrônicos dos bancos deverão tirar um extrato comprovando a operação de saque fazer um boletim de ocorrência na polícia e no momento seguinte apresentar aos bancos. Neste caso os correntistas deverão ser ressarcidos. Se ele comprova via extrato e BO o banco vai ressarci-lo na hora declarou o diretor do Banco Central.
O BC recomenda a população que não receba notas suspeitas de terem sido danificadas por dispositivo antifurto.
A recomendação é que a população não receba cédulas suspeitas de estarem danificadas por mecanismo antifurto. Se a pessoa suspeita de que aquela cédula está danificada e tem a característica provocada por um dispositivo antifurto que não receba a nota disse o diretor.
De acordo com ele o mecanismo antifurto danifica as cédulas pintando-as com uma coloração rósea. Lopes informou que esse dispositivo já é utilizado em outros países como Inglaterra Estados Unidos e Canadá e visa combater os roubos aos caixas eletrônicos. A cédula será recolhida serão feitos os devidos registros ela será encaminhada ao BC para análise e se constatado o dano por dispositivo antifurto perderá a sua validade declarou ele.
Quem recebe produto de crime sabendo disso em tese pelo Código Penal é um receptador. O que se pretende é fechar o ciclo. Que as pessoas não passem isso pra frente disse Aricio Fortes subprocurador-geral do BC.
Adoção dos mecanismos antifurto
A autoridade monetária informou que há cerca de 150 mil caixas eletrônicos no Brasil. O BC informou que compete aos bancos colocar os mecanismos antifurto em seus terminais mas acrescentou que não há uma obrigatoridade para adotar esse procedimento. Até o momento ainda de acordo com o Banco Central as instituições financeiras têm optado mais por colocar o mecanismo antifurto em caixas eletrônicos 24 horas.
Onda de ataques
A determinação do BC e do CMN ocorre após vários bancos decidirem usar medidas como tinta pó e solvente em caixas eletrônicos como forma de inibir a onda de ataques a agências bancárias registrada principalmente no Nordeste Sudeste e Sul do país desde o início do ano. Só na região metropolitana de São Paulo 73 caixas eletrônicos foram alvo de bandidos até o final de maio segundo números da Polícia Civil.
Nos últimos dias a polícia prendeu pelo menos seis PMs em São Paulo por envolvimento na onda de ataques e anunciou estar investigando 26 policiais em quatro quadrilhas que agem no Estado.
No Nordeste uma operação conjunta da Polícia Federal com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar dos estados de Alagoas e Pernambuco desarticulou também uma quadrilhaque atuava no arrombamento de caixas eletrônicos na região. Em grande parte dos casos os bandidos usam explosivos como bananas de emulsão conhecida como dinamite para explodir os caixas eletrônicos.
Na segunda-feira (30) uma reportagem do Bom Dia Brasil mostrou como os suspeitos compram dinamite usada nos ataques ilegalmente nas ruas de Ciudad del Este no Paraguai.
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