Segundo ele a superação da crise deve demorar mais que o esperado por causa da fragilidade dos países mais desenvolvidos e a turbulência dos últimos dias vem de uma decepção dos mercados mundiais com respeito aos resultados econômicos dos EUA e da Europa. “Houve um exagero político nas dúvidas quanto à solidez da dívida americana mas de qualquer maneira isso mostra a fragilidade dos EUA” disse.

Ele afirmou que a crise está mudando pois primeiro houve uma crise financeira e depois veio uma crise da dívida dos estados soberanos principalmente países periféricos da zona do Euro como Grécia e Portugal.

“Entramos numa fase crônica dessa crise porque os países avançados não conseguiram recuperar o dinamismo econômico. Eles olharam mais para a questão fiscal e não para o crescimento. Com isso os incentivos que foram dados foram retirados prematuramente” ressaltou.

Especulação

Mantega também disse que ao aumentar os ativos financeiros baixando a taxa de juros e desvalorizando o dólar os EUA produziram uma quantidade excessiva de crédito e recursos e parte deles vem para especulação no Brasil. Mas ele destacou que o Brasil tem agido para impedir que o Real se valorize em demasia.

O ministro também apontou a falta de consumidores para todo o setor manufatureiro mundial. Com a escassez de mercados no exterior todos estão em busca de mercados mais sólidos como é o caso do Brasil. “Os países asiáticos por exemplo dependem de exportações. E a luta comercial passou a ser predatória com subvalorização e práticas anticomerciais” afirmou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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