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Somente com o conjunto de medidas anunciadas batizado como Bom Pra Todos o BB anunciou o aumento de R$ 431 bilhões nos limites de crédito para micro e pequenas empresas e pessoa física. Com isso se todo esse dinheiro for emprestado a alavancagem do banco que atualmente é de R$ 150 bilhões passará a ser de R$ 1069 bilhões.
Por enquanto a capacidade de incremento do crédito sem comprometer o índice Basileia é de R$ 150 bilhões afirmou Paulo Rogério Caffarelli vice-presidente de Atacado Negócios Internacionais e Private Bank do banco.
Independentemente do aumento dos limites de crédito em R$ 431 bilhões o executivo ressaltou que está mantida a previsão de um crescimento da carteira entre 17% e 21%. No ano passado a expansão foi de 156%.
Caffarelli no entanto preferiu não fazer previsões sobre 2013. No início do próximo ano as instituições financeiras terão que se adequar às regras de Basileia 3 que exigirão capital adicional para garantir a elevação dos empréstimos bancários. Segundo ele o banco está analisando se haverá ou não necessidade de capitalização no banco para se ajustar às novas regras. Vamos avaliar se 2013 é um ano ou não para aumento de capital disse o vice-presidente do banco.
Apesar da pressão recente do governo para redução dos juros pelos bancos públicos que já está sendo acompanhada pelos privados Caffarelli explicou que o movimento do BB já vinha sendo estudado desde novembro.
Para ele a livre opção bancária que começou a vigorar neste ano exigiu da instituição financeira uma postura diferenciada para impedir que sua clientela transfira seu salário para outra instituição financeira que considerar mais conveniente. Com a livre opção bancária não poderíamos ficar deitados no berço esplêndido frisou o vice-presidente. Segundo ele dos 44 milhões de brasileiros que recebem salários em bancos 13 milhões têm conta no BB. Se não fizéssemos nada tínhamos mais chance de perder do que ganhar (clientes) contou o executivo que também quer aumentar as operações bancárias com aposentados e pensionistas do INSS.
Além de baixar os juros Caffarelli ressaltou que outra forma de as instituições financeiras combaterem os altos spreads bancários (diferença entre a taxa paga para captar recursos e a que cobra de seu cliente) é reduzir os custos operacionais. Uma das sugestões já em andamento é o compartilhamento dos ATMs (máquinas de autoatendimento). Segundo ele o BB gasta cerca de R$ 1 bilhão por ano para manter os ATMS e esse valor poderia ser reduzido.
Fonte: Valor Econômico
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