O estudo realizado com o apoio da OIT oferece uma visão geral do impacto que tem o estigma e a discriminação relacionados com o HIV no trabalho.
As práticas discriminatórias contra as pessoas que vivem com o HIV incluem impedir-lhes a entrada no mercado laboral ou obrigá-las a mudar o trabalho que realizam. Também lhes pode ser negada uma promoção ou acesso à educação e formação de adultos ou até podem ser demitidas.
Na Nigéria 45 por cento das pessoas entrevistadas perderam seu emprego ou sua fonte de renda nos 12 meses que precederam a pesquisa como resultado de serem portadoras do HIV. A 27 por cento foi negada a oportunidade de trabalhar.
No Quênia 28 por cento dos pesquisados declararam que a natureza de seu trabalho havia mudado ou lhes tinha sigo negada uma promoção.
O relatório também menciona a persistência de atitudes discriminatórias por parte de empregadores e colegas. Na Malásia 54 por cento notificaram reações discriminatórias da parte dos empregadores e 54 por cento de colegas uma vez conhecida sua situação.
O relatório se baseia em dados do índice de estigma em pessoas que vivem com HIV 2099-2011 em quatro regiões: Quênia Nigéria e Zâmbia (áfrica subsaariana) Estônia e Polônia (Leste Europeu) Malásia e Filipinas (ásia-Pacífico) e Argentina e México (América Latina).
Embora o índice de estigma abranja somente um número limitado de países o relatório GNP+ mostra que é necessário adotar mais medidas para proteger os direitos no trabalho das pessoas que vivem com o HIV declarou Alice Ouedaogo Diretora do Programa da OIT sobre HIV/Aids.
Uma maneira de melhorar a situação é que mais países implementem a Recomendação da OIT sobre HIV/Aids no mundo do trabalho 2010 (núm. 200) que é o primeiro instrumento internacional sobre direitos humanos dedicado especificamente ao HIV no mundo do trabalho acrescentou.
A Recomendação da OIT estabelece que não deveria haver discriminação ou estigmatização dos trabalhadores particularmente no que se refere às pessoas que procuram emprego seja no acesso ao emprego ou ocupação nos termos e condições de trabalho ou no direito de permanecer no emprego.
A maioria das pessoas que vive com HIV pode e deseja trabalhar. Negar-lhes seu direito a trabalhar não produz nenhum benefício. Pelo contrário mina o capital social e causa uma dor incomensurável aos indivíduos e desestabiliza as famílias as comunidades as empresas e as economias nacionais conclui o relatório do GNP+.
Veja o relatório em: http://www.gnpplus.net/en/news-and-events/key-events/gnp-at-aids2012/1805-evidence-brief-on-stigma-and-discrimination-at-work-findings-from-the-plhiv-stigma-index
Fonte: OIT