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A 9º Vara do Trabalho de Maceió condenou o banco Santander a pagar R$ 400 mil por assédio moral. A empresa foi processada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2012 após comprovação de denúncia de cobrança abusiva de metas e a exposição de funcionários a ameaças e situações humilhantes e vexatórias. O dinheiro corresponde à indenização por dano moral coletivo e será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Nas investigações o MPT colheu depoimentos de antigos funcionários do Santander que comprovaram a prática de assédio moral dentro da instituição. De acordo com alguns empregados o assédio também era praticado por gerentes do banco que falavam palavrões ameaçavam os funcionários de demissão e os constrangiam diante de colegas de trabalho com o intuito de pressioná-los a cumprir metas.
Os funcionários ainda declararam que eram realizadas reuniões mensais em que os empregados ficavam sobre pressão para que metas fossem atingidas. Os superiores utilizavam expressões como "cabeças vão rolar" e "peças vão ser trocadas".
Com a condenação o banco está obrigado a abster-se de ofender a integridade moral dos funcionários com palavrões gestos ou atos de qualquer natureza que ofenda os trabalhadores. A empresa deverá ainda criar um canal onde os funcionários anonimamente poderão fazer reclamações com relação a comportamentos ofensivos.
Além disso um curso sobre assédio moral e abuso de poder diretivo terá que ser oferecido pelo Santander por dois anos para seus gerentes e supervisores. Em caso de descumprimento de alguma dessas obrigações será cobrada multa de R$ 20 mil por item infringido.
Contatado pelo Terra Magazine o Santander ainda não havia declarado seu posicionamento até o fechamento desta matéria.