Em e-mail distribuído por Alfredo Setubal vice-presidente do Itaú que já respondia pela gestora do banco o nome de Demosthenes Madureira de Pinho Neto então vice-presidente do Unibanco e responsável pelas operações da Unibanco Asset Management (UAM) é apontado como o primeiro executivo da asset management. Unidas as gestoras responderão por um patrimônio de mais de R$ 180 bilhões o segundo maior do país de acordo com dados do ranking de gestão da Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid).
Abaixo de Pinho Neto estão dois diretores. Um deles é Paulo Corchaki que era diretor de estratégia de investimento do Itaú Private Bank. Ele assume a gestão de fundos locais – a área de private do novo banco ficará sob o comando de Celso Scaramuzza vindo do Unibanco conforme já antecipou o Valor. O outro nome é de Alexandre Zakia Albert que será diretor de gestão internacional e de clientes institucionais. Zakia já era diretor de produtos de investimento e clientes institucionais do Itaú.
O e-mail de Setubal incluía 23 nomes entre diretores e superintendentes da gestora mas ainda possuía espaços em branco. Entre as metas da asset está a preservação da demanda por fundos exclusivos. A ideia da gestora é derrubar a impressão de que com uma estrutura muito grande a instituição não dedicaria a atenção exigida por esses clientes. Uma das metas portanto é manter relacionamento da gestora com os cotistas de fundos exclusivos mais próximo.
No cenário atual fundos de investimento exclusivos e multimercados diferenciados destinados principalmente a investidores de private bank têm perdido terreno para alternativas de investimento mais conservadoras como CDBs e títulos de renda fixa pelos quais os aplicadores não precisam necessariamente passar pelos fundos.
Nessa linha outra mudança na asset será a criação de uma área específica para gestão de fundos de renda fixa com crédito privado para atrair esses aplicadores. As duas equipes de Itaú e da UAM já possuíam grupos de análise de títulos de dívida mas a gestão integrava papéis privados e públicos. Agora de olho numa tendência de juro menor e maior procura por papéis de empresas e bancos o Itaú Unibanco terá fundos e gestores dedicados só a crédito privado. Outra área destacada no organograma é uma superintendência para cuidar de fundos de fundos.
Fonte: O Estado de S.Paulo