‘O rendimento médio no trabalho principal das pessoas com mais de 16 anos de idade registrou aumento real de 165% de 2001 a 2011. No período as mulheres e os trabalhadores do mercado informal foram os que apresentaram os maiores ganhos reais de 223% e 212% respectivamente.

Os dados constam da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2012 que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgando hoje (28).

No caso das mulheres o maior aumento foi observado na Região Nordeste (396%) e entre os trabalhadores informais na Região Centro-Oeste (311%). Segundo o IBGE a desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres tem se reduzido nos últimos anos mas as mulheres ainda recebem menos que os homens – em média 733% do rendimento deles.

Outra constatação da pesquisa do IBGE é a de que entre trabalhadores com maior nível de escolaridade (12 anos ou mais de estudo) a desigualdade de rendimentos por gênero é mais elevada já que as mulheres recebem apenas 592% do rendimento referente aos homens.

Na Região Nordeste a desigualdade de rendimentos por gênero neste grupo de escolaridade é ainda mais elevada e as mulheres chegam a receber apenas 574% do rendimento dos homens. No Piauí por exemplo as mulheres com nível superior completo ou incompleto chegam a receber menos da metade (475%) do rendimento dos homens com a mesma escolaridade.

A desigualdade por cor ou raça também é visível a partir dos dados do estudo. O rendimento médio dos trabalhadores pretos ou pardos com mais de 16 anos equivale a 60% do rendimento médio da população branca nessa mesma faixa etária. A situação no entanto já foi mais grave. Em 2001 o rendimento de pretos ou pardos era 505% menor do que o recebido pelos trabalhadores de cor branca. (Com informações

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