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O fundamental neste momento é entender de onde o mercado está partindo e para onde será levado após uma série de passos que estão sendo dados ao mesmo tempo. O Brasil chegará ao fim de 2010 com 600 milhões de cartões em circulação nas modalidades crédito débito loja e rede que realizarão 7 bilhões de transações e terão movimentado R$ 555 bilhões. Com esse volume de uso o dinheiro de plástico será responsável por 25% dos pagamentos feitos pelas famílias brasileiras.
Os passos que começaram a ser dados nos últimos anos podem ser consequência de pressões regulatórias e competitivas vindas de secretarias de fazendas estaduais poder legislativo entidades de proteção ao consumidor e comércio varejista. O lance mais recente (e relevante) dessa pressão foi o trabalho desenvolvido conjuntamente pelo Banco Central e os Ministérios da Fazenda e da Justiça e apresentado e discutido no último ano. Com ele o governo busca a ampliação do uso dos meios eletrônicos de pagamento ao mesmo tempo que estimula mais concorrência no setor; o aumento da eficiência do sistema e a redução dos custos para consumidores lojistas e sociedade em geral.
Para isso entre outras ações algumas propostas são a abertura da atividade de credenciamento; transparência na definição da taxa de intercâmbio; possibilidade de diferenciação do preço à vista em relação ao pagamento com cartão e a redução do prazo de pagamento aos varejistas. A entrada de novos players (como a criação de uma nova credenciadora pelo Santander em parceria com a GetNet) e os novos acordos entre as credenciadoras existentes e os bancos emissores de cartão são respostas das empresas que operam no setor. Outra reação partiu da Abecs associação que representa esse mercado. A entidade sugeriu a adoção das medidas por meio da autorregulação.
Todos esses passos tendem a levar o mercado para um novo momento e ele será benéfico para consumidor e varejistas. Os lojistas poderão negociar melhores taxas e condições nos pagamentos com cartão. As credenciadoras terão de conquistar esses comerciantes com novos serviços. E os consumidores ganharão uma rede mais ampla melhores serviços e preços.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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