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Na avaliação da autoridade monetária o mercado de trabalho se mostra aquecido a despeito de sinais bem incipientes de moderação. O nível de emprego tem crescido de forma vigorosa e gerado as mais baixas taxas de desemprego desde o início do cálculo da série em março de 2002 afirma. O BC também destaca que o rendimento médio real depois de crescer de forma vigorosa em 2010 mostra certa moderação em parte explicada pela elevação das taxas de inflação nos últimos trimestres.
Para o Banco Central um aspecto crucial é a possibilidade de o aquecimento no mercado de trabalho levar à concessão de aumentos reais dos salários em níveis não compatíveis com o crescimento da produtividade. Segundo o relatório algumas evidências disponíveis mostram que aparentemente isso tem ocorrido em certos setores. Em ambiente de demanda aquecida esses aumentos salariais tendem a ser repassados aos preços ao consumidor destaca. O BC afirma que a moderação salarial constitui elemento-chave para a obtenção de um ambiente macroeconômico com estabilidade de preços.
Preocupado com o impacto do aumento da renda na dinâmica da inflação o BC discretamente indicou ter alguma preocupação com os reajustes previstos para o salário mínimo que nos próximos anos será corrigido pela inflação mais a variação do PIB de dois anos antes de cada reajuste. Os aumentos previstos para o salário mínimo nos próximos anos podem impactar direta e/ou indiretamente a dinâmica dos preços ao consumidor menciona o BC sem entrar em mais detalhes.
Para 2012 ano em que a autoridade promete entregar a inflação em 45% o salário mínimo deve subir mais de 10%.
Fonte: Diário do Grande ABC
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