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A distribuição de renda continua sendo mais desigual na América Latina e Caribe do que em qualquer outra região do mundo apesar de leves melhoras entre 2002 e 2008 constata.
Entre 2003/07 a média ponderada dos salários reais em 12 países subiu 07% frente à alta de 18% da produtividade do trabalho. O crescimento não retribuiu o valor agregado do trabalho na geração de riqueza.
A participação da massa salarial no Produto Interno Bruto (PIB) continuou caindo em 2008. Em vários países o reajuste de salários médio foi de 06% frente à alta de produtividade de 12%.
A OIT constata que as repercussões da crise global na América Latina foram de menor intensidade graças a políticas anticíclicas de expansão de gasto fiscal e programas sociais com destaque no caso do Brasil. Mas a crise limitou mais os aumentos reais de salários na região e a ausência de um nível adequado de negociação coletiva tem efeito na relação entre alta salarial e produtividade. Em todo caso a situação é melhor que em outras regiões onde houve cortes salariais maiores e desemprego.
Para a OIT o impacto da crise pode gerar um retrocesso nos no combate a superação da pobreza na América Latina. O desemprego urbano de 73% em 2008 poderá crescer para 82% ao final de 2010. Isso apesar da alta do PIB de 52% na América Latina em 2010 puxado pelo Brasil com alta de 76%.
Em 2009 havia 181 milhões de trabalhadores urbanos sem emprego na região 22 milhões a mais que em 2008. Além disso grande parte das atividades econômicas continua se desenvolvendo na economia informal. Em cinco países com dados disponíveis o emprego informal alcançava 536% do trabalho em 2009.
Além de alta moderado da informalidade do trabalho na maioria das nações o nível de cobertura da saúde e aposentadorias continua precário na região.
No caso do Brasil os estudos da entidade são particularmente positivos. é um dos países na região que mais tem aumentado o salário mínimo e as aposentadorias em termos reais. A OIT estima que a queda da pobreza no Brasil foi de 21% entre 1990/2008 e de 19% no Chile. Considera que o país também tem feito progressos importantes no combate ao trabalho infantil e forçado.
A OIT alerta que mesmo se a maioria dos países reagiu com políticas adequadas na crise financeira será necessário esforço extra para afrontar desigualdade e déficit de trabalho decente.
Fonte: Valor Econômico
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