O evento reuniu mais de 1800 sindicalistas advogados empresários desembargadores e juízes no auditório do TST entre os dias 25 e 27 e ao final revelou que a maior parte dos sindicalistas brasileiros são contra a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho – OIT que sugere o fim da Unicidade Sindical e a possibilidade da existência de múltiplos sindicatos de uma única categoria profissional na mesma base territorial.
A Convenção 87 foi apresentada pela OIT em 1948 e não foi ratificada pelo Brasil. O presidente da UGT durante sua palestra destacou as conquistas do movimento sindical e sua importância para a democratização do Brasil lembrando da resistência dos trabalhadores à Ditadura Militar e sua participação como um dos principais atores no processo de redemocratização do País.
Ricardo Patah também ressaltou a importância da aproximação dos Tribunais com o movimento sindical assegurando que muitos juízes de Primeiro Grau por desconhecem o direito sindical cometem equívocos em seus julgamentos e isso acaba sendo uma ameaça a estrutura sindical principalmente quando surgem decisões mandando os sindicatos devolverem as contribuições legais gerando com isso um estado de insegurança. Negociamos para a categoria não só para o sócio afirmou assinalando que todos os trabalhadores devem pagar a contribuição sindical.
Ricardo Patah disse que a UGT valoriza muito as ações da OIT lembrando que a Convenção 189 que assegura aos trabalhadores domésticos os mesmos benefícios a que tem direito os demais trabalhadores foi uma das maiores conquistas da categoria e que no Brasil beneficiou mais de 72 milhões de trabalhadores. São ações como essas que apoiamos integralmente mas a UGT é totalmente contra a Convenção 87 pois ela possibilita a divisão e o enfraquecimento da classe trabalhadora disse.
O presidente da UGT finalizou sua palestra assegurando que a UGT valoriza a estrutura sindical existente e quer a manutenção da unicidade sindical no entanto deixou claro que existe muita coisa a ser melhorada. A UGT pratica um sindicalismo ético e cidadão e tem consciência que devemos aperfeiçoar nosso movimento sindical concluiu.