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O destaque segundo grau de instrução ocorreu no nível Ensino Médio Completo: 1438 milhão de postos ou crescimento de 1159%. Em números absolutos este resultado representa 586% da criação de postos de trabalhos formais em 2007 e em termos relativos situa-se 66% acima da taxa média nacional (+698%). Ao avaliar o Ensino Médio Completo por gênero observa-se que os homens registraram uma taxa de crescimento neste nível de escolaridade da ordem de 1308% a maior dentre todos os graus correspondendo a um incremento de 8736 mil empregos enquanto que as mulheres evidenciaram uma elevação de 985% no número de vínculos empregatícios o que representou um incremento de 5648 mil postos de trabalho.
A maior taxa de crescimento dos vínculos empregatícios das mulheres ocorreu no nível Superior Completo (+1288%) bem acima a dos homens (+778%). Em termos absolutos estes percentuais representam uma geração de 3943 mil empregos formais femininos superior em 130% ao obtido pelos homens (+1716 mil postos).
Esse resultado demonstra que quanto maior o nível de escolaridade mais mulheres estão no mercado de trabalho. O dado negativo é que mesmo assim com melhor escolaridade e por estar em número maior nesta faixa ela ganha bem menos do que o homem. O que é uma prova de que ainda temos discriminação no país. O importante da Rais é que ela faz uma radiografia real mostrando inclusive os preconceitos ainda existentes destacou o ministro Carlos Lupi durante a coletiva.
Remuneração – Foi registrado aumento no rendimento médio real dos trabalhadores formais de 068% em 2007 quando comparado ao ano de 2006 ao passar de R$ 1.34677 para R$ 1.35589 a preços de dezembro de 2007. Esta elevação do rendimento médio oculta variações que oscilam entre 470% no Acre e 312% em Goiás a -671% em Roraima e -354% no Distrito Federal.
Os aumentos das remunerações médias verificadas no Acre e Goiás podem ser atribuídas aos ganhos reais obtidos pelos trabalhadores nos subsetores de Serviços Industriais e Utilidade Pública e Ensino no Acre; e nos ramos da Indústria Mecânica e de Calçados em Goiás.
As perdas registradas em Roraima e no Distrito Federal estão relacionadas às diminuições dos rendimentos médios nos setores da Administração Pública e na Indústria de Produtos Alimentícios em Roraima e no caso do Distrito Federal no segmento do Ensino e na Administração Pública.
Homens x mulheres – O aumento no rendimento médio dos homens (+079%) foi superior ao percebido pelas mulheres (+056%) comportamento inverso ao ocorrido nos três últimos anos. Este resultado está fortemente influenciado pela queda da remuneração feminina no grau de escolaridade Superior Completo (-063%) que pode estar relacionado com o aumento expressivo do emprego deste contingente de trabalhadoras (+1288%) o maior aumento dentre os níveis de escolaridade citados anteriormente.
Neste contexto a proporção dos salários médios das mulheres em relação aos dos homens ficou em 828% em 2007 demonstrando uma leve redução em relação a 2006 que foi de 83%. Este fato reverteu um crescimento gradativo que vinha ocorrendo nos três anos anteriores já que em 2004 foi de 812% e em 2005 foi de 821%.
Setores – Entre os setores de atividade econômica o maior percentual de aumento foi obtido pelos trabalhadores do setor Agrícola (+460%) seguidos pelos da Construção Civil (+398%) e os do Ensino (+383%). Os percentuais de queda na remuneração média ocorreram nos Serviços de Alojamento Alimentação e Reparação (-282%) e na Indústria de Material Elétrico e Comunicações (-217%).
As informações por tamanho de estabelecimento evidenciam que nos extratos até 249 vínculos ativos houve aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores devendo destacar aqueles estabelecimentos com até 4 empregos que registraram um ganho real de 212%. Em contrapartida os extratos com mais de 250 empregos assinalaram perda dos rendimentos médios reais de seus trabalhadores merecendo destaque aqueles com mais de mil vínculos ativos que apontaram uma redução de 106%.
Fonte MTE
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