‘Destinada a fortalecer o capital do banco em sua medida mais restrita a de ações ordinárias (‘Tangible common equity TCE) a operação foi mal recebida pelos acionistas por causa da diluição das posições mas bem acolhida pelo banco. Agora o Citi tem o mais alto capital da indústria disse Marín. Para avaliar a solidez de um banco os analistas se concentravam mais na relação entre capital nível 1 – ‘Tier one que inclui ações ordinárias e preferenciais – e os ativos.
Com o agravamento da crise passaram a olhar a relação dos ativos com o TCE. O Citi tem bom índice entre ativos e capital de nível 1 (119%) mas era fraco em TCE (cerca de 3%). Com a conversão o índice do TCE passa a 81%.
Além disso acrescentou Marín a conversão das ações significa que o governo e demais acionistas apoiam a estratégia e os administradores do Citi. Foi um voto de confiança. A conclusão lhe permite garantir que não haverá mudanças.
Os acionistas aprovaram a estrutura existente afirmou. Para eles o Brasil é parte da estratégia. Investiram no Citi porque viram nele o banco mais global do mundo capaz de conectar os negócios em várias regiões do planeta.
As operações no Brasil segundo Marín são bem sucedidas e rentáveis. Como alguns concorrentes estrangeiros estão reduzindo os negócios locais há espaço para crescer e oportunidades para aproveitar disse o executivo.
Em 16 de janeiro o Citi anunciou a reestruturação do grupo em duas unidades operacionais. Uma delas chamada Citicorp reune os negócios varejo – cartões próprios e bancos comerciais e de varejo nos Estados Unidos ásia América Latina e Central Leste Europeu e Oriente Médio – de banco de investimento e atacado private banking e serviços de transações globais. A outra unidade a Citi Holdings reune ativos considerados fora do coração do banco e que podem eventualmente ser vendidos.
Marín descarta também eventual mudança no Banamex banco do Citi no México cobiçado pelo brasileiro Itaú Unibanco com a nova posição do governo americano no capital do banco. Há de fato uma legislação mexicana que proíbe que governos estrangeiros exerçam atividade financeira no país. Segundo Marín a lei porém é da época da revolução mexicana e nunca foi colocada em prática. O próprio Nafta a teria jogado por terra. Mas reconhece que há pressões sobre o governo a respeito.
Fonte: Valor Econômico
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