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Os preços são altos para a realidade brasileira. O que você tem não é suficiente para pagar as refeições. Essa é uma contradição que nós temos de enfrentar afirmou o presidente da Assert Artur Almeida.
A pesquisa mostra que mesmo com os preços sob controle no ano passado -o IPCA subiu 431% abaixo da meta do governo de 45%- o valor da refeição fora de casa para os trabalhadores que recebem o benefício registrou um aumento de cerca de 11% no período.
A alimentação fora de casa foi a maior contribuição para a inflação em 2009 com alta de 905% segundo o IPCA [índice de Preços ao Consumidor Amplo] afirmou Almeida. Os preços estão em sintonia com o apresentado pelo IBGE.
A Assert realizou o levantamento em 3.224 estabelecimentos que operam com o sistema de vale-refeição em 22 cidades. Entre as cinco regiões as que registraram a refeição (composta por bebida prato principal sobremesa e café) mais cara foram Centro-Oeste e Sudeste com R$ 1910. Em seguida vem o Norte com R$ 1690 seguido pelo Nordeste (R$ 1560) e pelo Sul (R$ 1540).
Almeida explicou que os preços na região Centro-Oeste são puxados por Brasília que tem uma renda média mais alta e custo de vida maior. No caso do Sul já há uma tradição de refeições mais baratas naquela região disse.
Custos
De acordo com o presidente da Assert o aumento nos preços no ano passado foi influenciado pela elevação nos custos administrados pelo governo como água (que subiu 442% segundo o IPC-Fipe que mede a inflação na cidade de São Paulo) energia (1093%) e gás (1213%). Entre os alimentos ele destacou a alta do açúcar (5839%) da cebola (4145%) e da batata (4371%).
Neste ano porém com uma melhora esperada nas condições econômicas do país o cenário deve ficar mais positivo para os trabalhadores na opinião de Almeida.
O presidente da Assert afirmou que ainda que os preços não baixem devido ao aumento da demanda a renda média do trabalhador deve voltar a subir e sua capacidade de negociar os benefícios com as empresas também aumentará. 2010 será um ano muito bom para a indústria exemplificou.
De acordo com os números fornecidos pela Assert existem no Brasil cerca de 200 mil estabelecimentos credenciados no sistema de tíquete-refeição no país. A estimativa da associação é que cerca de 65 milhões de pessoas utilizem esse tipo de benefício no Brasil.
Fonte: Folha de S.Paulo / CONTEC
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