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Do total a vencer R$ 99 bilhões correspondem a títulos emitidos em anos anteriores sendo a maior parte R$ 97 bilhões em Letras do Tesouro Nacional (LTN) papel com rentabilidade prefixada. Outros R$ 2 bilhões são de Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) que pagam ao investidor fluxo de cupons semestrais de juros.
Completa a cifra de R$ 119 bilhões o volume de R$ 20 bilhões em LTNs emitidas no último dia 14. A autorização para essa emissão recente com vencimento também em 1° de julho consta da Portaria 395 do Tesouro. Publicada na semana passada essa portaria autorizou a emissão de títulos destinada a capitalizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em R$ 30 bilhões.
Essa operação de capitalização transferiu outros R$ 10 bilhões em NTN-B ao banco de fomento. Esse papel corrigido pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem no entanto vencimentos a médio e longo prazos.
Ao comentar a grande operação de resgate nos próximos dias o subsecretário da Dívida Pública Paulo Valle lembra que o vencimento elevado de papéis em julho integra a estratégia do programa anual de financiamento da dívida que prevê a concentração dos resgates nos chamados meses cabeça de trimestre (primeiro mês dos trimestres).
A concentração é adotada para facilitar a gestão da dívida em três ou quatro grandes vencimentos ao longo do ano preferencialmente em janeiro abril julho e outubro. Pelo volume de vencimento em julho haverá resgate líquido. Já em junho deveremos ter emissões líquidas informa ele ao ressaltar que a análise do alto vencimento tem que considerar a estratégia anual de gestão da dívida pública federal.
A consequência desse expressivo vencimento em papéis federais no próximo dia 1º será a redução da parcela prefixada da dívida em julho. Isso é normal diz Paulo Valle ao fazer referência aos meses em que há concentração de resgate de LTNs.
O Tesouro persegue a ampliação desse tipo de dívida com rentabilidade prefixada por serem títulos que oferecem maior previsibilidade na gestão do passivo. Ou seja não provocam flutuação dessa dívida.
Ao fazer o resgate de R$ 117 bilhões somente em LTNs em julho a parcela prefixada da dívida cairá relegando para o período entre agosto e dezembro a responsabilidade do Tesouro de fazê-la aumentar.
Para 2011 o Tesouro estipulou meta de participação da dívida prefixada em relação ao total da dívida pública entre 36% e 40%. Em abril esse percentual estava inferior a essa diretriz em 3481%. A meta é para o ano. Até dezembro estaremos com certeza dentro dessa banda assegura Paulo Valle.
Após o resgate no próximo mês o Tesouro terá ainda de administrar outros R$ 787 bilhões em vencimentos programados para entre agosto e dezembro.
Fonte: Valor Econômico
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