Os economistas consultados pelo Banco Central aumentaram ainda suas previsões para a taxa básica de juros (Selic) para o fim do próximo ano de 1063% para 1075%. No início do mês o Copom (Comitê de Política Monetária) em sua última reunião do ano manteve pela terceira vez neste ano a Selic em 875%.

Na nota divulgada na quarta-feira passada porém o órgão disse avaliar que a taxa é suficiente para conter a inflação “neste momento“ o que foi visto por alguns analistas como um sinal de que o Copom poderá aumentar a Selic nas próximas reuniões.

Em relação à inflação o mercado manteve a previsão para o índice oficial o IPCA (índice de Preços ao Consumidor Amplo) na meta estabelecida pelo governo para o próximo ano em 45%. Para este ano a estimativa é que o índice termine em 429%contra previsão de 431% feita na semana passada.

PIB

O mercado vinha prevendo PIB negativo durante todo este ano até o início de outubro quando pela primeira vez projetou crescimento positivo da economia em 2009 –na ocasião de 001%. Os economistas chegaram a prever crescimento de 021% mas voltaram a apostar no encolhimento da economia após os números da semana passada.

Os economistas voltaram a prever PIB negativo na semana passada após o IBGE divulgar que o crescimento do PIB no terceiro trimestre foi de 13% e em relação ao mesmo período do ano passado houve queda de 12%. O governo atribuiu o valor abaixo do esperado –o ministro Guido Mantega (Fazenda) projetava crescimento de 2% em relação ao segundo trimestre– às mudanças metodológicas feitas pelo IBGE.

Com o resultado para que o PIB fique estável neste ano o crescimento no quarto trimestre terá que ser de pelo menos 5%.

Mais inflação

A previsão do mercado para o IGP-DI melhorou para queda de 127% neste ano contra estimativa anterior de queda de 102% Para o IGP-M (índice Geral de Preços – Mercado) passou para -135% contra previsão de -130% da semana passada. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados entre eles contas de luz e aluguéis.

A previsão para o IPC (índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) passou de 387% para 382%. Para 2010 as previsões para os IGPs e para o IPC-Fipe ficaram em 45%.

O mercado aumentou a previsão para o dólar no fim deste ano para R$ 174 contra R$ 173 na semana anterior. Para 2010 a projeção foi mantida em R$ 175.

A previsão para o superavit da balança comercial foi mantida em US$ 25 bilhões e para o deficit nas transações correntes subiu para US$ 182 bilhões (contra US$ 18 bilhões).

A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 35 bilhões em 2010. A projeção para a relação dívida/PIB aumentou para 448% contra 445% na semana anterior.

Fonte: Folha Online

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