Levantamento feito com dados do Banco Central comparando as tarifas cobradas em 2 de abril e em 14 de maio após os cortes nos juros mostra que as tarifas cobradas para saques de conta corrente e poupança (feitos no guichê além do mínimo permitido gratuitamente) subiram 1188%.
Os extratos mensais feitos no caixa ou por outras formas de atendimento pessoal (após o mínimo oferecido gratuitamente) tiveram alta de 1421% na média.
A tarifa que mais aumentou foi a cobrada para venda de cheque de viagem ou emissão de cartão pré-pago em moeda estrangeira. A tarifa mais que dobrou: passou de R$ 212 para R$ 4267 (aumento de 10127%).
Somadas todas as tarifas o aumento médio foi de 156%.
Segundo a Pro Teste os bancos condicionam a oferta dos juros menores no crédito à adesão a um pacote com tarifas mais elevadas.
A diferença de tarifa mensal no empréstimo pode dar um valor expressivo em alguns casos até tornar o empréstimo mais caro do que nas condições anteriores aponta Verônica Dutt-Ross economista da associação.
A Pro Teste aponta ainda que os reajustes em serviços muito utilizados pelos clientes é suficiente para gerar um aumento de receita considerável.
Segundo a Febraban no ano passado quase todas as tarifas sofreram reajuste médio abaixo da inflação de 65%.
O Santander diz que não alterou as tarifas de seus produtos e que comunica previamente ao cliente qualquer mudança. HSBC Itaú e Bradesco não comentaram.
Fonte: Folha Uol