‘As centrais sindicais se reuniram na sede da CTB Nacional na manhã desta segunda-feira (17) para definir um calendário de luta e mobilizações para o início de 2013. O principal objetivo é reivindicar mudanças na política macroeconômica do governo e reforçar a defesa em torno da pauta da classe trabalhadora com destaque para o fim do fator previdenciário.
Dentro do calendário está a realização de um grande ato em Brasília no dia 6 de março com uma caminhada até o Palácio do Planalto para a entrega de documento com as principais reivindicações dos trabalhadores.
De acordo com os sindicalistas o governo insiste em um argumento que não é aceito pelas centrais sindicais: o fim do fator previdenciário e sua substituição pelo projeto apresentado pela Câmara Federal resultariam no rombo da previdência.
O substitutivo é de autoria do deputado licenciado Pepe Vargas (PT-RS) que consiste numa alternativa ao fator com a instituição da fórmula 85/95.
Por esta regra alternativa ao fator previdenciário o cálculo da aposentadoria quando a soma da idade com o tempo de contribuição for 85 para mulher e 95 para homem o trabalhador receberá seus proventos integrais.
Calendário unitário
Outro ponto abordado durante o encontro foi o papel desempenhado pelo Ministério do Trabalho e o Ministério Público no que diz respeito à interferência nos sindicatos e nos registros sindicais. Para os sindicalistas ainda há sérias dificuldades de relacionamento com os órgãos.
Dentro do calendário de ações além da realização da mobilização em Brasília ficou definida a solicitação de audiências com o Ministério do Trabalho e o Ministério Público assim como a construção de um documento unitário das centrais para reforçar as propostas defendidas.
Para os representantes das centrais apesar dos avanços obtidos ao longo de 2012 o governo adotou algumas medidas que não beneficiam os trabalhadores mas sim os patrões como por exemplo a desoneração da Folha de Pagamento.
Presentes na reunião presidentes vice-presidentes e dirigentes da CTB Força Sindical NCST e UGT deixaram clara a insatisfação com os rumos dados à discussão do fator previdenciário que se encontra parado e a política macroeconomica do governo. O presidente da CUT Vagner Freitas não participou da reunião mas reafirmou sua adesão ao movimento.
Participou também da reunião o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Clemente Ganz Lúcio que fez uma análise de conjuntura e das iniciativas tomadas pelo movimento sindical.