‘A CONTEC reuniu-se na tarde desta quarta-feira (24) com o Santander em São Paulo. O Santander foi representado no encontro pela Superintendente de Relações Sindicais Fabiana Ribeiro e Marcos Schimitz. A mesa de negociação da CONTEC teve a coordenação de Lourenço do Prado e contou com a participação dos seguintes dirigentes: Sérgio da Costa (SEEB GO) Rogério Marques e Denizar Paixão (SEEB Franca) Vascon e Marconi (SEEB Marília) Harley (SEEB Votuporanga) João e Ronaldo (SEEB S. J. Campos).
No início da reunião os dirigentes sindicais da CONTEC denunciaram ao banco que alguns gestores não estão seguindo o programa “Jeito Certo” no que se refere à venda responsável de produtos. Devido às excelentes premiações que o cumprimento das metas de seguros oferece a venda do produto tem acirrado as disputas internas para cumpri-las tornando os seguros o foco principal das vendas em detrimento a outros produtos. Funcionários que não estão com a meta de venda de seguros cumprida estão se sentindo desprestigiados por isso.
Segundo o banco o programa “Jeito Certo” foi implantado em janeiro deste ano e por tratar-se de um modelo complexo despende de algum tempo para estar funcionando de acordo com as premissas propostas pela empresa. Além de sua complexidade o programa depende ainda da adaptação e mudanças de comportamento e atitude de alguns funcionários. O Santander afirmou que acompanhará de perto desvios de conduta e trabalhará para que os erros sejam corrigidos. Segundo dados da empresa as agências que já se encontram plenamente integradas ao “Jeito Certo” estão apresentando resultados melhores.
A CONTEC sugeriu ao banco que elabore em linguagem simples e direta uma cartilha explicativa do “Jeito Certo” e a distribua nos locais de trabalho. Segundo os representantes dos funcionários a iniciativa aceleraria o processo de adaptação dos trabalhadores.
As metas para os caixas foi outro tema abordado pela CONTEC pois os caixas continuam sendo cobrados para cumprir os objetivos determinados pelo banco e também avaliados neste quesito. O Santander se comprometeu a reforçar a proibição da imposição de metas aos caixas junto à rede de agências.
A falta de funcionários nos locais de trabalho foi outro tema abordado pelos dirigentes sindicais que cobraram mais contratações de maneira urgente. Segundo o banco a falta de funcionários ocorre de maneira pontual e ao invés de sinalizar para contratar mais bancários o Santander entende que algumas atividades devem deixar de ser feitas nas agências e serem transferidas para departamentos onde a terceirização de mão de obra é sabidamente muito grande.
Sobre a obrigatoriedade dos funcionários registrarem a saída no ponto eletrônico quando forem fazer visitas o Santander alegou que a medida foi adotada para evitar que horários de intervalo como o almoço não sejam registrados e posteriormente cobrados na justiça do trabalho. O banco afirmou que o acompanhamento do ponto eletrônico é feito de maneira implacável e que mensalmente um comitê avalia as jornadas de trabalho. O funcionário deve registrar no sistema a justificativa da saída do local do trabalho no caso a visita a clientes.
A CONTEC denunciou também que a compensação de horas tem sido feita sem planejamento ou seja a data da folga tem sido imposta e não negociada pelo gestor. A orientação da empresa é que a folga seja definida em comum acordo entre o banco e o funcionário. Casos de imposição de folgas devem ser denunciados aos Sindicatos.
Os representantes do Santander informaram aos dirigentes da CONTEC que as contas de funcionários tanto da ativa como aposentados enquadradas no pacote Conta Combinada Funcionário terão isenção de tarifas. A medida foi positiva porém a CONTEC reivindicou que a isenção fosse feita também aos funcionários que estão enquadrados nos segmentos Van Gogh e Select. O banco negou esta possibilidade afirmando que nesses segmentos há significativa redução nas tarifas.
Finalizando o Santander informou que a partir da próxima semana serão abertas as inscrições do auxílio-educação para os cursos de pós-graduação. Serão concedidas 800 bolsas de estudo privilegiando como critério de desempate os funcionários com mais de um ano de banco.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Franca
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