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O Banco do Brasil que responde por um terço desse mercado registrou aumento de 38% nesses empréstimos no primeiro semestre.
Admilson Monteiro Garcia diretor da área de negócios internacionais do BB diz que bancos internacionais nos EUA e na Europa seguidos por ásia e em menor escala pela América Latina têm demonstrado interesse em emprestar recursos para a instituição que repassa ao exportador brasileiro.
Existe uma oferta abundante de linhas de crédito. O desafio é onde alocá-las. O aumento na oferta de dinheiro e a queda nas taxas de juros no exterior após a crise de 2008/2009 são parte da ação dos países desenvolvidos para reativar suas economias. Parte desses recursos no entanto acaba direcionada a países emergentes.
Com aumento na oferta e queda nos juros os bancos internacionais têm oferecido recursos por um período maior em busca de mais rentabilidade.
Empréstimos que tinham vencimento entre um e dois anos e que caíram para menos de 12 meses no final de 2008 têm agora prazo médio superior a três anos.
ANTECIPAçãO — A demanda das empresas brasileiras também é forte segundo o BB. Há companhias se antecipando à possibilidade de aumento nos juros fora do país que pode encarecer esse crédito. Outras estão precisando dos recursos para financiar o aumento nas vendas verificado no começo deste ano.
Para o diretor do BB essa antecipação não representa um movimento de especulação generalizada. Ele lembra que a empresa que toma esse crédito deve cumprir prazos para fazer a exportação.
Dados do BC mostram que o aumento nos recursos para o exportador aconteceu também nos demais bancos no segundo trimestre de 2011.
Nesse período em que o país registrou saída de dólares por meio de operações financeiras foi o comércio exterior que garantiu o abastecimento do mercado com moeda estrangeira. Metade dos recursos que entraram na área comercial foram linhas para exportação.
Fonte: Valor Econômico
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