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A inflação medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 049%
Mesmo tendo recuado no mês passado os preços dos alimentos merecem atenção afirmou a coordenadora do Núcleo de Preços do IBGE Eulina Nunes. Para ela há muita incerteza quanto ao comportamento desses produtos uma vez que as principais commodities agrícolas a soja o milho e o trigo continuam batendo recordes de valorização no exterior e tendem a pressionar os preços internos mesmo com o dólar
Na avaliação de Eulina o dólar baixo já não está contendo os repasses dos aumentos das commodities para os produtos consumidos no Brasil. Tanto que apenas em fevereiro o óleo de soja ficou 7% mais caro. A farinha de trigo teve reajuste bem menor de 058% porque o governo eliminou o imposto de importação de 12% que incidia sobre o grão. Mas não fosse o recuo dos preços do dólar certamente os reajustes dos produtos derivados da soja do milho e do trigo teriam sido maiores frisou. No caso do feijão os preços continuaram apontando para cima (+821%) ainda que em uma velocidade menor do que a verificada em janeiro ( 1402%). Já os preços das carnes recuaram 1% graças ao embargo das exportações de produtos bovinos para a União Européia que obrigou os fazendeiros a jogarem o excedente de mercadoria no mercado doméstico.
Para Carlos Thadeu Filho economista-chefe da SLW Asset Management dificilmente o Banco Central terá folga para reduzir a Selic ao longo deste ano. Eu acredito inclusive que os juros podem subir até dois pontos percentuais nos próximos meses chegando em dezembro em 1325%. Somente em 2009 o BC terá condições de voltar a derrubar a Selic assinalou. A seu ver todos os núcleos da inflação estão bastante pressionados indicando um IPCA acima da meta. Eu particularmente aposto em uma inflação de 47% neste ano disse.
Mas otimista o economista-chefe da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecormércio-RJ) João Carlos Gomes prevê que os preços dos alimentos continuarão desacelerando evitando que o BC seja obrigado a elevar a Selic. é verdade que os preços dos alimentos são voláteis mas não vejo altas semelhantes às que ocorreram no final do ano passado afirmou. Nas nossas contas o IPCA fechará o ano em 44% emendou. Isso é claro se o governo não for obrigado a reajustar os combustíveis (gasolina e diesel) devido à forte arrancada dos preços do petróleo.
Fonte: Correio Braziliense
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