Nos bancos estatais a taxa subiu de 18% no fim do ano passado para 21% em abril maior porcentual desde janeiro de 2011 período em que a inadimplência batia recorde no país.

Nas instituições privadas os atrasos passaram de 42% para 41% menor taxa desde fevereiro de 2011. Na média do sistema financeiro a inadimplência segue em 3% desde dezembro de 2013.
Entre os grandes bancos estatais apenas a Caixa Econômica Federal registrou aumento nos atrasos considerando dados dos balanços até março. A piora se deu no crédito para médias e pequenas empresas e para o consumo.

As instituições públicas desaceleraram a liberação de crédito nos últimos meses seguindo orientação do governo que enfrenta restrições orçamentárias para injetar recursos nessas instituições.
Mesmo assim continuam liderando a expansão dos financiamentos no país com crescimento de 42% na carteira de empréstimos nos quatro primeiros meses de 2014 e uma participação de 52% nesse mercado.

Nos bancos privados o avanço é de 03% em relação ao mesmo período de 2013.

JUROS ESTáVEIS

Em abril as taxas de juros ficaram estáveis em relação a março. Isso refletiu a expectativa do mercado de que o BC interromperia o ciclo de aperto nos juros iniciado em abril de 2013. O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu na quarta-feira (28) manter a taxa básica em 11% ao ano após nove altas.

O chefe do Departamento Econômico do BC Tulio Maciel disse que a alta da Selic contribuiu para a desaceleração do crédito que continua no entanto importante para o crescimento da economia.
"Essa moderação vem acontecendo ano a ano e isso é importante do ponto de vista de sustentabilidade do crescimento do crédito."

Há um ano o crédito crescia a uma taxa superior a 16% em 12 meses. Hoje avança a 134%. Um dos destaques é a queda de 2% no crédito para veículos neste ano.

Para a consultoria LCA devem contribuir para a desaceleração do crédito um crescimento menor da renda o elevado endividamento das famílias e a baixa confiança de empresários e consumidores.

Fonte: Folha.com’

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